Um carnaval para marcar a história

O Carnaval em Palmas, terminou como começou: sem maiores ocorrências policiais de vulto.

 

Foi de fato uma festa tranquila sob o ponto de vista do trânsito. A preocupação com o grande deslocamento para Taquaruçu, por exemplo, que tem acesso perigoso através da serra do Carmo, com suas curvas sinuosas foi neutralizada pelo forte policiamento e sinalização de trânsito.

 

Logo na saída de Taquaralto e na entrada de Taquaruçu, os avisos de fiscalização eletrônica e de velocidade máxima: 70 km, jogaram um balde de água fria nas intenções dos foliões que imaginavam dirigir em alta velocidade, ou alcoolizados. Ainda que levemente.

 

Nas Arnos e no jardim Taquari, dois locais de grande concentração popular, e temidos por boa parte dos moradores do centro por ocorrências de furto e violência, o carnaval resgatou a auto estima dos moradores. E quebrou preconceitos.

 

Sim, ouvi reclamações. Principalmente de quem mora no centro, onde não foi montada qualquer estrutura da festa de Momo.

 

Uns gostariam que a Palmas Brasil ou outra avenida alternativa, também abrigasse alguma programação. Outros pediram -  e concordo com eles -  que houvesse matinê, e uma programação de som que começasse mais cedo, para que as famílias que optaram por subir a serra, pudessem aproveitar mais cedo, e voltar com segurança para casa.

 

Com tantos anos de abandono no que toca a investimento em formar as pessoas para receber o turista, Taquaruçu de fato está carente em oferta de acomodação e comida suficiente para receber um grande número de pessoas.

 

Não, desta vez não faltou comida. Mas houve quem reclamasse da qualidade, ou do preço. Coca-cola 2 litros a R$ 7 reais. A gente viu por lá.

 

Quem investiu numa programação paralela, como o Mandala que tocou show vespertino no domingo, com Gil Doliath e Sabrina, vendeu todo o estoque que tinha.

 

No fim, todos satisfeitos, como se viu nas ruas e se ouviu na Câmara de Palmas esta manhã. Gerson da Mil Coisas defendeu as Arnos. “Coisas ruins acontecem em toda cidade. Nosso carnaval provou que a região pode receber festas e ter um saldo positivo, de tranquilidade”, disse.

 

É verdade. Boa parte deste sucesso se deve a atuação conjunta da Guarda Metropolitana e da Polícia Militar. Um caso reportado de excesso na atuação da polícia em Taquaruçu, na prisão de um morador supostamente envolvido em venda de entorpecentes ainda está em processo de averiguação.

A despeito das críticas dos que trocaram Palmas por Porto Nacional, Dianópolis, Gurupi, e outras cidades onde as prefeituras conseguiram fazer um bom carnaval, ouso dizer que a população menos favorecida adorou. E os que quiseram ficar também tiveram opção para aproveitar os dias de folia.

 

Como bem disse mais cedo o colega Luiz Armando em seu Twitter, a prefeitura saiu do marco zero. E o carnaval promovido no primeiro ano do prefeito Carlos Amastha, já pode ser registrado como um marco na história da cidade.

 

Um marco com a marca do resgate da auto estima das comunidades mais esquecidas nos últimos anos pela gestão petista. O empresário rico soube ouvir e devolver o que ouviu à quem de fato mais precisava.

 

Ponto pra ele. Bom pra cidade. 

Comentários (0)