A passagem do presidente Jair Bolsonaro pelo Tocantins esta semana teve de tudo um pouco.
Desde a tietagem no aeroporto, ao assédio ao presidente no Palácio Araguaia pelos que ainda seguem seus fãs.
A Presidência da República é pelo peso e importância um cargo que inebria. Quem está nele, já dizia o ex-presidente José Sarney, imagina-se num paraíso e tem a falsa ilusão de que não vai passar. Mas passa.
Foi assim, nesse status de todo poderoso, que Bolsonaro chegou ao Tocantins. Enciumando os primeiros apoiadores (vide o movimento de Antônio Jorge, com faixa e tudo na avenida) e atraindo a corte.
Para o Tocantins, a título de efeitos práticos, a proximidade com o comandante do Alvorada é boa. O trânsito e a influência de Eduardo Gomes (MDB) hoje fazem milagres. Carlos Gaguim (DEM) é talvez o mais forte expoente da bancada federal, e assim segue o baile.
Mas quem foi não se esquece de como impressiona a sequência de bobagens que o presidente fala, seja para atrair os risos da plateia, seja para reforçar seu perfil conservador e autoritário.
Ridicularizar o trabalhador que teve sua expectativa de aposentadoria prolongada, mandando “comprar lote no cemitério para não atrapalhar a família”, enfiar no discurso seu horror à existência de milhares de famílias diversas da tradicional, é bem coisa de Bolsonaro.
Um homem que segue abaixo da média do que se espera de um presidente da República.
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