Um voto de fé na mudança

Os últimos três dias, de domingo a terça-feira foram muito intensos para a equipe que assume a prefeitura, e para o novo time que tomou posse na Câmara Municipal de Palmas.

Acompanhamos todo o processo de transição. Do anúncio do secretariado, aos eletrizantes movimentos de bastidores que levou Major Negreiros à presidência da Câmara de Palmas, até a posse e os discursos, cercados de simbolismos ontem no Espaço Cultural.

Carlos Amastha é prefeito de Palmas. O prefeito do novo, o Outro, a mudança. Nem o governador Siqueira Campos, que reassumiu o Estado em 2010, com uma grande carga de esperança sobre os ombros, gerou tanta expectativa quanto a que Amastha produziu da campanha até o dia de ontem, quando finalmente foi investido no cargo de prefeito.

Os discursos, tanto na posse quanto na primeira coletiva à imprensa mostram um prefeito com a disposição de ser gestor profissional. De tratar a coisa pública, com o cuidado que ela requer, bem maior do que o que a gente tem quando trata dos nossos negócios privados.

A cidade não espera outra coisa de Carlos Enrique Franco Amastha.

Suas primeiras palavras no Teatro Fernanda Montenegro ecoaram o desejo de por um ponto final nos embates eleitorais. É uma promessa difícil de ser cumprida, já que os agentes políticos forçam a toda hora o debate partidário. Mas é necessário.

Amastha agora não é mais o 11. Amastha é Palmas. O prefeito de todos os palmenses, do verde ao xadrez. E Palmas, a nossa cidade( para os que moramos nela) e a nossa capital, para todos os tocantinenses, precisa deste resgate.

Ouvindo o prefeito falar ontem, já projetando o que quer fazer: inclusão social, eficiência na aplicação de impostos, circulação de recursos na economia emergente da capital, dá para cometer o atrevimento de sonhar.

Por mais descrentes que os cidadãos estejam no discurso dos políticos. Por mais que as últimas expectativas, da última eleição possam ter sido frustradas, é necessário, citando Negreiros em seu discurso de vitória, na falta da chance de escrever outro começo, “escrever outro final”.

A cidade está sufocada. Não por que tenha sido de todo mau administrada por Raul Filho. Os números mostram que o ex-prefeito petista teve seus méritos, e acertou em pontos importantes como Educação, Saúde e Habitação.

Quando digo que Palmas está sufocada é por que a cidade precisa de mais. Precisa voltar a sonhar com a sua vocação de ser este lugar novo, onde boas práticas acontecem. Onde as pessoas e as empresas possam prosperar sem dependência do poder público.

Desatrelar esses nós da dependência também passam por uma gestão menos comprometida com grupos, com as mesmas velhas amarras, com forças que só nos puxam para baixo, por que querem tudo para si.

É uma grande carga a que pesa sobre os ombros de Carlos Amastha e o time que ele escalou. Algumas dessas pessoas, nós conhecemos. De outras só ouvimos falar. Hoje não é o dia de levantar dúvidas sobre elas.

Hoje é o dia de dar uma chance. De não torcer contra. De não falar mal. De desejar que esta equipe transforme nossa cidade, recupere a infra-estrutura de nossas quadras e avenidas, humanize nossa convivência, resgate nossa juventude do crack. Siga fazendo seu trabalho de forma a não se notada em coisas que nos atrapalham a rotina.

É pedir muito? Talvez.  É esperar demais? Não sei.

Amastha tem essa responsabilidade: a de responder às expectativas que criou.

Lá no Norte, outro prefeito, com fama de gestor comprovada, assume a direção da maior economia do Estado, Araguaína. Ronaldo Dimas também entra cercado de muita expectativa. Araguaína precisa muito que ele tenha sucesso.

Em Gurupi, Laurez Moreira venceu um grupo que estava há muito tempo no poder. Tem o compromisso de resgatar a cidade, princesa do Sul tocantinense.

É realmente a era das cidades, parafraseando a fala de Nizan Guanaes, citada ontem em seu discurso de posse por Amastha. É nelas que todos vivemos.

Que esta seja uma boa safra de prefeitos. Vamos torcer por eles. Vamos lhes dar o crédito.

Por que daqui há pouco começaremos a cobrar os resultados. A dinâmica da vida é esta.

Bom dia Palmas! Bom dia Araguaína! Bom dia Gurupi! Bom dia Tocantins! Que venham os novos ares da mudançca. Precisamos muito dela!

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