Universa diz que falhas técnicas e humanas levaram a erros

Pela primeira vez desde que os erros começaram a surgir na aplicação das provas do Concurso do Quadro Geral do Estado, a Fundação Universa vem a público, através de coletiva com a imprensa para dar explicações sobre as falhas cometidas...

O superintendente da Fundação Universa, Alberto Nascimento foi o porta-voz utilizado pela instituição no final da tarde desta quinta-feira, 2, em Palmas para prestar informações à comunidade sobre os sucessivos erros cometidos na elaboração, impressão das provas e divulgação de dois gabaritos oficiais pela instituição. Pontos que ainda eram obscuros a cerca do processo de contratação da Universa também foram esclarecidos por Nascimento.

Falhas técnicas – no caso do erro de impressão das provas - e falhas humanas, tanto na elaboração de questões dúbias,sem originalidade, ou na produção dos gabaritos divulgados, foram as principais alegações de Alberto Nascimento. “Nos consideramos traídos pelos profissionais que foram contratados para elaborar questões que atendessem a critérios de originalidade”, disse ele logo no começo da coletiva.

Antes de apresentar a defesa da instituição, definida como “sem fins lucrativos”, Nascimento informou que a Universa já realizou 35 certames similares ao que realiza no Tocantins, e que atualmente 16 outros se encontram em andamento. “Sempre o fizemos sem problemas que comprometessem os resultados”, argumentou.

Banca de professores

A banca responsável pela elaboração das questões não foi identificada, mas o fato de questões de vestibular da Fuvest terem se repetido no concurso do Quadro Geral do Tocantins, não foi considerado um vício irremediável pelo superintendente. “A legislação não impede”, sustentou o superintendente.

As provas foram impressas mecanicamente, sem intervenção humana, conforme afirmou Nascimento, e por isso, dentro do que chamou de “uma cadeia de processos que visam a confiabilidade”, não foi possível identificar antes que “por um erro de comando”, 10 questões deixaram de ser impressas. A anulação delas, segundo o superintendente da Universa, teria sido a melhor saída.

Recursos examinados

Outra providência adotada pela Universa, segundo seu representante, foi anular as questões que permitiriam interpretações dúbias, alvo de recursos. “Questões elaboradas com erro foram examinadas, e os recursos julgados pertinentes foram motivo de anulação” – disse o superintendente – “as mal elaboradas também foram anuladas.

O superintendente colocou para os jornalistas o tempo inteiro que a instituição, a qual ele se referiu como “nós”, foi “vítima” de falhas, desde as de natureza técnica quanto as de natureza humana, além de “traições”, como ele chamou o fato de professores pagos para elaborarem especificamente este certame terem copiado questões de provas já aplicadas.

O contrato

Pelas informações dadas por Nascimento, a Fundação Universa foi procurada ainda em dezembro e consultada sobre a disponibilidade de elaborar as provas do Concurso do Quadro Geral do Estado. “Neste período todo o contrato foi analisado pelas instituições envolvidas, e chegamos a firmar um termo de cooperação, porém o contrato só foi assinado em 10 de fevereiro”, informou Nascimento.

Segundo o porta-voz da Universa, a instituição “não se prendeu a valores, a princípio”, mas terminou fixando o preço pelos serviços prestados num total de R$ 1, 371 mi (Um milhão, trezentos e setenta e um mil reais).

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