O presidente da Associação Tocantinense de Municípios e prefeito de Santa Fé do Araguaia, Valtenis Lino (PMDB) encaminhou uma nota ao Site Roberta Tum reafirmando seu posicionamento de abrir o diálogo no partido para composição com outras siglas inclusive uma aliança com o ex-governador Siqueira Campos (PSDB).
No material, ele critica os colegas de partido que defendem sua expulsão da sigla em virtude de sua mobilização junto às convencionais da sigla em prol de uma aliança com Siqueira. “Estes Companheiros, ao pedir o meu afastamento, antes mesmo de qualquer processo dentro da Comissão de Ética, instrumento estatutário para qualquer medida de infidelidade, relembra os tempos da ditadura, onde se condenava antes mesmo do exercício do pleno direito de defesa”, disse.
Ainda sobre as declarações de peemedebistas ao Site RT questionando seu posicionamento já que o partido tem pré-candidato ao governo Valtenis criticou os comentários de que suas declarações são isoladas. “Somente os deputados estaduais do PMDB, e Secretários de Governo declararam descontentamento com respeito as minhas declarações, uma vez que eles não estão preocupados com o desenvolvimento do Estado e sim apenas em disputar a eleição com a estrutura do Governo”, criticou.
No material ele reafirmou que já mobilizou 20% dos convencionais e pretende falar com 90% deles ainda este mês. “Discutir coligações, no meu entendimento, faz parte da vida partidária”, frisou.
O prefeito coloca que “não há qualquer tipo de sinal de traição partidária” na sua posição dentro da sigla. Valtenis mencionou sua história política no Estado como prefeito e representante da categoria.
Pendenga no PMDB
O presidente estadual do partido, deputado federal Osvaldo Reis informou ao Site RT que vai chamar Valtenis para conversar sobre seu posicionamento. No entanto ele não concorda com a expulsão do prefeito da sigla.
Confira íntegra da nota encaminhada por Valtenis Lino:
Amigos da imprensa; e sociedade em geral...
Venho por meio desta prestar alguns esclarecimentos e ao mesmo tempo levantar questionamentos que julgo como essenciais no processo de Estado de Direito e plena democracia que vivermos neste momento no país.
Como filiado ao PMDB, desde 1982, fui vereador em Araguaina e Presidente da Câmara, Prefeito por três mandatos na cidade de Santa Fé do Araguaia, e atuo como presidente da ATM, quarto vice Presidente da Confederação Nacional dos Municípios Representando os Municípios da Região Norte do País, membro do Diretório Regional do PMDB-TO, sempre defendendo os interesses do nosso partido PMDB e os interesses do povo do meu município e do Tocantins.
Agora, muito me estranha a manifestação dos meus companheiros de partido, o vereador e atual secretário de Governo do Tocantins, Carlos Braga, do Presidente da Assembléia Legislativa, Dep. Junior Coimbra, Dep. Eli Borges, Dep. Sandoval Cardoso, Dep. Ideval Silva, Eles defende publicamente o meu afastamento do PMDB antes mesmo de qualquer processo junto à Comissão de Ética do partido.
E por quê? Porque livremente manifestei minha opinião de que o melhor para o PMDB no pleito eleitoral de 2010 é ajudar a construir uma ampla coligação de agremiações políticas em torno da candidatura ao Governo de José Wilson Siqueira Campos, do PSDB. Vamos aos fatos:
1. Discutir coligações, no meu entendimento, faz parte da vida partidária, principalmente quando ainda está aberto o período de conversações que só termina, pela legislação eleitoral, com a realização das convenções partidárias que, ao fim, é o fórum que definirá a política de alianças de cada partido.
2. Não há qualquer tipo de sinal de traição partidária a defesa de uma posição, independentemente dela ecoar majoritariamente ou minoritariamente no seio de um partido que se submete ao estado de direito e de democracia no qual, acredito, vive o país.
3. A vida partidária é muito mais ampla do que a discussão puramente eleitoral, e o debate sobre candidaturas colocadas deve levar em consideração experiência administrativa, projetos de governo, e a grave crise pela qual passa os Municípios Tocantinenses a necessidade de que possamos dar respostas eficazes as demandas da população.
4. Estes Companheiros, ao pedir o meu afastamento, antes mesmo de qualquer processo dentro da Comissão de Ética, instrumento estatutário para qualquer medida de infidelidade, relembra os tempos da ditadura, onde se condenava antes mesmo do exercício do pleno direito de defesa. Estas atitudes não podem vim dos companheiros do PMDB. Uma vez que o Partido sempre defendeu a democracia e uns dos percussores da luta contra Ditadura no Brasil.
5. Eles ainda usam dois pesos e duas medidas, já que não propôs medida semelhante ao governador Carlos Henrique Gaguim nos momentos que este também defendeu o apoio a líderes de outros partidos como candidatos ao Palácio Araguaia, como foi o caso do senador João Ribeiro e do prefeito de Palmas, Raul Filho. O mesmo ocorreu com o presidente do PMDB, Osvaldo Reis, que por diversas vezes defendeu um amplo debate com o PSDB, com o DEM, com o PT e outros partidos, inclusive considerando a possibilidade de abrirmos mão da cabeça de chapa em prol de um amplo entendimento.
6. Gostaria aqui de chamar a atenção aos amigos da imprensa, os colegas de Partido e o povo do Tocantins que observasse que somente os Deputados Estaduais do PMDB, e Secretários de Governo declararam descontentamento com respeito as minhas declarações, uma vez que eles não estão preocupados com o desenvolvimento do Estado e sim apenas em disputar a eleição com a estrutura do Governo.
7. Saliento ainda que nas minhas declarações na impressa eu informei que tinha consultado 20% dos convencionais do PMDB e que pretendo consulta 90% ate o final do méis de maio, para que possamos propor uma consulta ampla à todos os convencionais buscando um amplo entendimento para o fortalecimento do PMDB e de um amplo projeto de crescimento do Tocantins.
Valtenis Lino da Silva
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