Pela segunda vez na semana, os vereadores de Palmas foram excluídos de uma discussão sobre o aumento da tarifa de transporte coletivo na Capital. A primeira vez que os parlamentares ficaram sem voz foi no gabinete do prefeito Raul Filho, na segunda-feira, 1ºquando os estudantes condicionaram a realização da reunião apenas com uma comissão de representantes, ao fato dos vereadores não participarem.
Na quinta-feira, 4, os vereadores foram convidados via ofício para a audiência pública, e o vice-presidente da Casa, representava a instituição, mas nem ele, nem os outros três parlamentares presentes tiveram a oportunidade de se manifestar. Bismarque do Movimento (PT), Valdemar Jr (DEM) e Fernando Rezende (DEM), acompanharam a audiência sem direto ao uso da palavra.
O deputado Marcello Lélis (PV), também acompanhou até o final e teria tentado colocar panos quentes quando, no encerramento, o vereador Cavalcante cobrou do promotor Paulo Alexandre, o que considerou tratamento discriminatório aos parlamentares. “Eu represento a lei”, teria dito, nervoso, o promotor. “E nós é que fazemos as leis”, teria retrucado o vereador.
A insatisfação com a forma com a qual a audiência pública foi conduzida não foi apenas do vereador que abordou o promotor ao final da noite. Paulo Alexandre teria repetido por diversas vezes a frase “não sou Siqueirista, nem Marcelista. Não gosto de política partidária”. O fato convidar os parlamentares e não abrir a palavra a eles desagradou todos os presentes.
As planilhas
A fiscalização das planilhas de custos apresentadas pelas empresas foi apontada como o ponto frágil em todo o processo de cálculo que elevou a tarifa em 40%. Um dos questionamentos que os vereadores têm feito é sobre a equipe dentro da ATTM que tem a autonomia para referendar as planilhas.
O questionamento vai desde a conferência dos cálculos, até a capacidade dos três técnicos em verificar, entre outros itens, o tempo de desgaste apontado para peças, pneus e veículos.
“Planilha de custo deve ser verificada por contadores, e para dizer se a bilhetagem eletrônica está correta, tem que acontecer uma pesquisa de uns 90 dias”, argumentou o vereador Cavalcante.
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