O vereador Aurismar Cavalcante (PSDB) apresentou nesta terça-feira, 6, um requerimento solicitando a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito- CPI para investigar as supostas irregularidade cometidas na doação da área para a construção do Capim Dourado Shopping. “Já temos assinatura de seis vereadores. Queremos dar resposta para sociedade. Nós vamos investigar esse caso a fundo para saber se o município de Palmas foi prejudicado e se houve prática de crime”, informou.
Segundo Cavalcante, a Comissão deve verificar se a concessão de licenças e o alvará de funcionamento estão dentro da lei. “Vamos verificar se a doação de área ao Grupo Skripton foi realmente irregular, já que mesmo impedida por leis ambientais a obra iniciada em 2007 funciona normalmente sem o cumprimento dos acordos feitos na época”, destacou.
Discordância
Na ocasião, o vereador Carlos Braga (PMDB) afirmou que não concorda com a CPI, tendo em vista que há assuntos de maior relevância. “Não irei assinar essa solicitação. Acho que temos outras coisas para nos preocupar, como saúde, educação e também terminar as discussões sobre o Plano Diretor de Palmas. A área tinha que ser doada mesmo porque assim terá geração de renda”, afirmou.
Já o vereador Jose Lago Folha (PTN) rebateu as declarações de Braga e afirmou que a CPI será útil para tirar as dúvidas da sociedade quanto a possível ocorrência de irregularidades. “Por exemplo, há indícios de que o córrego Brejo Comprido está sendo poluído e também informações de que o empresário já vendeu o shopping, também é importante saber para onde está indo o dinheiro do estacionamento”, explicou Folha.
Críticas
Na oportunidade, o vereador Bismarque do Movimento (PT) afirmou estranhar o vereador Cavalcante “estar com essa briga política com o empresário Carlos Amastha”. “Acho que devemos priorizar que tipo de CPI precisamos. Tem crianças morrendo no HGP. Quando o cidadão adoece e diz que vai para o HGP a pessoa já pensa quanto vai custar o caixão dele. O Capim Dourado cumpriu a sua função social e os vazios urbanos da cidade?”, criticou.
Em resposta o vereador Milton Neris (PR) afirmou que “a expansão urbana já está criada na Lei 468, de janeiro de 1994 e criticou o Conselho de Desenvolvimento Urbano, que, segundo ele, está mais preocupado em fazer “politicagem”.
Além de Folha, Damaso e Neris, assinaram o pedido de CPI do Shopping Capim Dourado os vereadores Jucelino Rodrigues (PTC), Fernando Rezende (DEM) e Lúcio Campelo (PR). A comissão será constituída por 1/3 dos membros da Câmara de Vereadores com prazo de 120 dias para a conclusão dos trabalhos, caso seja necessário. (Com informações da Ascom)
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