Warner desfilia-se do PR: "ninguém vai negociar meu passe"

Ex-vereadora em Palmas, Warner Pires conversou esta semana com o senador e presidente do PR, João Ribeiro, para anunciar sua desfiliação ao partido. "Eu não sou mulher de viver por conta de marido. Gosto de trabalhar e gosto de política. Procurei meu...

Aborrecida com o fato de não encontrar apoio depois de ter aberto mão de uma candidatura consolidada a vereadora - tinha mandato e boas condições de reeleição – Warner Pires diz que tem política no sangue, mas ao procurar o presidente de seu partido ouviu de Ribeiro a seguinte declaração: “Político sem mandato é igual a marimbondo sem ferrão”. O senador teria dito não ter compromisso com ela, mas com ex-prefeitos do interior.

“Quem tinha compromisso comigo era Eduardo Gomes, e Marcelo Lélis. O primeiro nem atende mais ao telefone. O segundo diz que não tem nada para oferecer à minha altura, então fica difícil. Vou permanecer filiada a partido pra quê?”, desabafa. Neste sábado, 18, Warner podia ser encontrada na sala de aula, de uma instituição de ensino superior. “Sou professora, então voltei a dar aulas”, disse.

Outros convites

A ex-vereadora confirma que já recebeu convites para integrar outros grupos políticos. Tanto do grupo do prefeito Raul Filho, através do ex-deputado Darci Coelho, como também do grupo Marcelo Miranda. “O que me chateia é que eu e o meu marido já nos expomos tanto para defender este grupo (UT), e agora o tratamento é este”.

Warner diz que esteve com o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), mas percebeu que ele está aguardando o resultado do Rced (Recurso Contra Expedição do Diploma) na expectativa de assumir o governo, e então “resolver o problema de todos os companheiros”. Com o ex-senador Eduardo Siqueira a ex-vereadora também conversou: “Ele não quer falar de política. Disse que agora é empresário, então decidi cuidar da minha vida também”.

Nos planos da ex-vereadora está, além da volta à sala de aula, o lançamento de um outro livro. Fazendo uma análise fria da situação ela diz que o voto proporcional é mais difícil de conquistar do que o voto para cargo majoritário. “Tem prefeito do interior, e ex-prefeito, que teve 700 votos. Eu tive 1800 na proporcional. Concorrendo junto com o Marcelo Lélis, foram 21 mil votos, tivemos mais que nossos candidatos a vereador, e muito. Então isso também devia ser observado. As pessoas têm que parar de valorizar a gente só na hora de ir pra rua pedir voto em época de eleição”, finalizou.

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