O Secretário de Governo da Prefeitura de Palmas, Tiago Andrino, recebeu equipe do Portal T1 Notícias para entrevista e negou que o prefeito Carlos Amastha tenha criado cota de nomeações para os vereadores da base de apoio, na Câmara Municipal.
A denúncia foi feita pelo vereador Lúcio Campelo (PR) logo na abertura dos trabalhos legislativos. De acordo com o vereador, Amastha teria conseguido maioria na Câmara em troca de cargos na administração pública.
As afirmações de Campelo geraram um pedido de investigação feito pelo Psol junto ao Ministério Público Estadual e um pedido de instauração de uma CPI na Câmara Municipal. No MPE, o Psol pediu que sejam investigadas as nomeações no Diário Oficial para checar possíveis irregularidades.
Lamentando
Sobre o assunto, o secretário disse lamentar que o Psol tenha tomado esta decisão. “O Psol não cumpriu um papel saudável para a democracia ao fazer uma denúncia tomando como base um discurso feito de forma exaltada pelo vereador. Estamos tranquilos e à disposição do Ministério Público para qualquer explicação”, disse o secretário.
Construção da base
Andrino ainda destacou que a construção da base do prefeito Amastha na Câmara de Vereadores foi feita de forma tranquila. “Construímos uma aliança com partidos que, como nós, fazem parte da base da presidenta Dilma”, argumentou o secretário, acrescentando que durante a campanha eleitoral Amastha teve uma postura independente.
“Ao contrário do deputado Marcelo Lélis, que estava ligado ao grupo do governador Siqueira Campos, o prefeito correu por fora por não estar ligado nem a Siqueira, nem a Raul Filho. Por isso ficou fácil compor com os partidos da base aliada da presidente Dilma”, justificou.
Sem fundamentação
O secretário argumentou ainda que a denúncia baseada na fala do vereador Lúcio Campelo não tem fundamentação e que houve poucas nomeações até agora. “O que posso dizer é que o nosso governo é diferente. Talvez alguns estejam acostumados com um modo de fazer política que não é o nosso. Não estamos fazendo nomeações políticas. Não estamos loteando secretarias”, argumentou.
Indicações normais
Andrino afirmou também que as indicações feitas pelos vereadores da base são normais, como em qualquer composição política. “O errado é a comprar votos. O errado é fazer negócio. Não fizemos negociatas e não queremos votações comprometidas”, sustentou.
Sem medo
Ao finalizar, o secretário declarou que Amastha não tem medo da oposição. “Até falei para o vereador Lúcio Campelo que é bom que ele fique na oposição e que, se ele souber ocupar bem seu espaço, ele poderá ser um grande líder da oposição na Câmara e cumprir seu papel”, disse.
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