Após anúncio de Lelis, Eduardo diz que tratara matéria por matéria na Assembleia

Secretário não quis comentar decisão partidária, mas avaliou base do governo na AL: "Vou tratar matéria por matéria por lá agora e estou para abolir a palavra base. Cada um se identifique como quiser"

Eduardo discursa durante campanha de Lelis
Descrição: Eduardo discursa durante campanha de Lelis Crédito: Lourenço Bonifácio

 

O secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos evitou comentar a decisão do PV de romper com o governo do Estado e deixar de compor a base do governo na Assembléia Legislativa, mas avaliou para o T1 Notícias o que significa perder o voto para as matérias de interesse do governo, do deputado Marcelo Lélis.

 

“Olha eu estou para abolir esta palavra: base”-  ironizou - “e deixar cada um se manifestar como quiser, independente de rótulos. O próprio PSDB na Casa está rachado. Eu tenho de um lado o Carlão da Saneatins, e de outro o Freire Jr. O PR, por exemplo, é oposição? Lá tem o PR da Luana e do Stálin, mas também tem o PR do Bonifácio e do Amélio Cayres”. No PMDB, o governo tem contado com os votos dos deputados Vilmar do Detran e Iderval Silva. No PT, quase sempre, com Amália Santana.

 

O secretario disse que a nível institucional vai tratar com a Assembléia, matéria por matéria. “Veja que o deputado Marcelo Lélis já estava votando assim, ora conosco, ora contra. Se essa independência quer dizer que ele vai ter uma posição mais crítica talvez reste perguntar por que ele não foi independente antes”, comentou.

 

Resquícios de uma eleição

 

Eduardo Siqueira lembrou que ao perder as eleições de 2006, reagiu de outra forma, e foi buscar apoios importantes. “Busquei o João Ribeiro, a senadora Kátia Abreu, outros líderes importantes e construímos uma nova aliança que levou o Velho Siqueira de volta ao governo”, relembra.

 

“Vou manter minha relação política como eu tenho feito. Já visitei os 24 deputados. Estou sempre por lá conversando, buscando o entendimento. Isto não vai mudar”, disse.

 

Para Eduardo, as pessoas se agrupam enquanto “base”ou não, por uma decisão pessoal. “Nós conversamos e não há muito o que dizer mais sobre isto. Deixa o Marcelo seguir o caminho dele."

 

Questionado se há algum arrependimento do grupo quanto a escolha de Lélis para ser o candidato apoiado pelo governo em 2012, o secretário ponderou: “ Nós preparamos o Marcelo, ele se preparou e se tivesse sido eleito eu acredito que seria um grande ganho para a cidade".

 

Um dos insatisfeitos à época, o deputado federal Eduardo Gomes teria ligado nesta terça-feira, 18 para Eduardo Siqueira para ironizando, comentar: “Foi só mais um Marcelo que passou na sua vida”. Perguntado sobre a reação do deputado, Eduardo Siqueira preferiu não comentar.

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