Deputados criticam Amastha e Lelis o desafia a cancelar concessão da Miracema

Deputados reprovam sanção da MP 03 e apontam que fiscalização da Prefeitura de Palmas tem penalizado os mais pobres e sofridos e que todas as concessões devem receber o mesmo rigor

Os deputados Luana Ribeiro (PR), Marcelo Lelis (PV) e Sargento Aragão (PPS) criticaram os 100 dias do Governo do prefeito Carlos Amastha na sessão da manhã desta quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa. Lelis e Luana, que foram candidatos ao cargo de prefeito nas eleições 2012, subiram à tribuna para fazer pronunciamento sobre a gestão municipal. Aragão foi eleito como vice-prefeito de Amastha, mas não assumiu o cargo. Os parlamentares criticaram as ações de fiscalização da Prefeitura sobre os quiosques e os ambulantes, a sanção da MP 03 e a recusa em fazer a prestação de contas do Carnaval. Os deputados aliados a Amastha disseram que é preciso analisar as reclamações, mas concordaram que a fiscalização da gestão municipal penaliza os mais pobres. 

Em seu discurso, Lelis fez um manifesto da executiva municipal do PV e disse que Amastha está fazendo fiscalização em cima das concessões públicas somente dos pequenos empresários. Ele desafiou o prefeito a começar o cancelamento da concessão iniciando pela concessão do transporte coletivo com a empresa Miracema. “Por quê só penaliza os menores, só os mais pobres?”, questionou Lelis.

O deputado Lelis iniciou seu discurso relembrando o que havia declarado Aragão. “O vice-prefeito eleito renunciou ao cargo justificando que Amastha é o maior estelionato eleitoral da história de Palmas”, relembrou Lelis.

Luana Ribeiro criticou a postura de Amastha citando a sanção da Medida Provisória 03 que alterou a carreira jurídica dos procuradores do município e também o episódio que considerou de inabilidade política do prefeito que teria agredido os vereadores. "Ele chamou os vereadores de bandidos, mas ele ainda é novo no cargo e ainda terá muito tempo para aprender", criticou. Aragão fez apartes e também criticou a gestão Amastha.

Aluguel na JK

Lelis frisou que a mudança do Paço e de secretarias para o prédio do empresário Toninho da Miracema que tem a concessão do transporte urbano na Capital é um problema. Ele criticou que não houve planejamento ou avaliação dos impactos na vizinhança ao decidir a mudança dos órgãos para o que classificou de “trecho mais tumultuado da cidade” onde não há mais vagas de estacionamento. O deputado lembrou que criticou na gestão Raul Filho o anúncio da possibilidade da mudança do Paço para a residência oficial do Governo ao lado do Palacinho.    

Lelis finalizou seu discurso apontando que considera os 100 dias da gestão Amastha como 100 dias de um gestor que tem enfrentado de “forma autoritária e ditatorial” os problemas que vem enfrentando na Capital.

Wanderlei defende Amastha

O deputado estadual Wanderlei Barbosa (PEN), aliado a Amastha defendeu a gestão municipal e disse que não é novidade que Lelis que perdeu as eleições critique o prefeito. Barbosa disse que vai avaliar as reclamações de Lelis e deve se posicionar ainda esta semana sobre o que ele mencionou em seu discurso.

Barbosa disse não concordar com o trabalho de fiscalização que penaliza os os empresários de pequeno porte afirmou que “é o peso de quem está no poder”. “Tem que saber quem são os donos dos quiosques. Temos que discutir esse assunto e buscar um denominador comum, um ponto de equilíbrio. Vou analisar tudo isso e me posicionar sobre as reclamações que estão acontecendo”, disse Barbosa.

Também aliado de Amastha, o deputado Eli Borges, que tem o seu irmão, Joel Borges, como líder do prefeito na câmara municipal também disse não concordar com essa penalização dos mais humildes e sofridos. E disse que vai conversar com a base do prefeito na Câmara para resolver o problema. “São pessoas humildes e simples”, ressaltou Borges informando que tem assuntos que concorda com Lelis e em outros não. 

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