Juiz suspende depoimento de Amastha: prefeito pede para ser ouvido em Brasília

Defesa quer agilidade no processo e pede oitiva com três instancias, sugerindo Brasília. Juiz suspendeu e pediu parecer ao MPF. Ainda não há data prevista para que o depoimento aconteça

Prefeito de Palmas, Carlos Amastha
Descrição: Prefeito de Palmas, Carlos Amastha Crédito: Foto: T1 Notícias

O juiz federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Klaus Kuschel, emitiu um despacho suspendendo a oitiva do prefeito Carlos Amastha, marcada para esta terça-feira, às 15 horas, na superintendência da Polícia Federal do Tocantins. No documento o magistrado solicita que os autos sejam encaminhados para o Ministério Público Federal para que este se manifeste sobre o pedido. O prefeito Carlos Amastha pede para ser ouvido ao mesmo tempo pelas três instâncias: Polícia Federal, Ministério Público e Juiz Federal, fora de Palmas.

 

A petição foi elaborada pelo advogado do prefeito, Leandro Manzano, que fundamentou o pedido no fato de a imprensa local estar explorando muito o assunto, além da questão política envolvida. Em entrevista ao Portal T1 Notícias, na manhã desta terça-feira, 22, Leandro Manzano explicou o pedido. “Queremos agilizar o processo, o prefeito entende que se for ouvido pela PF com a presença do MPF e do juiz, tudo será esclarecido mais rápido, por isso solicitamos que fosse realizada lá [a oitiva]”, pontuou o advogado.

 

Ainda segundo Manzano, o objetivo da petição é apenas garantir neutralidade e agilidade na oitiva de Amastha. “Não queremos obstruir os trabalhos da Polícia, só queremos que ele seja ouvido em Brasília”, afirmou. A oitiva de Amastha aqui em Palmas permanece suspensa e sem data prevista para ocorrer em Brasília.

 

O prefeito é um dos investigados na Operação Nosotros da Polícia Federal, com mandado de condução coercitiva. A operação investiga possíveis fraudes em licitações do BRT de Palmas.

 

NOTA - PREFEITURA DE PALMAS

Em despacho realizado na manhã desta terça-feira, 22, a Justiça Federal determinou a suspensão do depoimento do prefeito Carlos Amastha que seria realizado na tarde de hoje. Os autos serão encaminhados para o Ministério Público Federal, para posterior manifestação a respeito do pedido feito pela assessoria jurídica de Amastha de que o depoimento seja colhido  em Brasília (DF). " O prefeito Amastha deseja esclarecer todos os fatos o mais rápido possível, por isso solicitamos que a oitiva seja realizada em Brasília com a presença da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal", esclareceu a assessoria.

 

(Atualizada às 12h22 com inserção de nota)

 

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