Na AL, Aragão diz que havia quadrilha no Igeprev: "governador é o chefe"

O deputado estadual afirmou que como o governador que nomeia seu secretariado, ele seria o chefe de uma quadrilha; Carlão da Saneatins diz que foi ato irresponsável Aragão

Sagento Aragão
Descrição: Sagento Aragão Crédito: T1 Notícias

O deputado estadual Sargento Aragão chamou o governador do Tocantins, Siqueira Campos, de chefe de quadrilha na manhã desta quinta-feira, 3, na Assembleia Legislativa. O deputado, que tratava das denúncias de desvios no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) afirmou: “eu não to dizendo que ele suspeito não, ele é chefe de uma quadrilha. É ele quem nomeia.  Ele é o chefe da quadrilha instalada no Igeprev, e vai chegar nele é só pegar as gravações da Polícia Federal. O senador dele aparece 20 vezes falando com doleiro”.

De acordo com dados informados pelo deputado em discurso no Plenário, milhões teriam sumido do fundo previdenciário do Estado.  “R$ 500 milhões estão aplicados temerariamente, o que pode perder ou manter, mas 105 milhões já desapareceram não se sabe onde estão. O pior é que o Igeprev informou à auditoria do Ministério da Previdência R$ 281 milhões a menos para encobrir,  porque era o que eles tinham como provar os outros ele não tinham”, explicou o parlamentar, que alegou ter conseguido os números junto ao Ministério da Previdência Social.

O deputado declarou ainda que o Igeprev é o único cotista dos investimentos realizados. “Quando só tem ele de cotista,  isso não é temerário não, isso é esquema”, completou. Uma audiência, ainda sem data definida, será realiza com representantes do Igeprev na AL para esclarecer as possíveis irregularidades.

Governo

O líder do governo na AL, deputado estadual Carlão da Saneatins (PSDB), defendeu o Executivo das declarações feitas por Aragão. “O ato do deputado de chamar o Siqueira de chefe de quadrilha é um ato irresponsável. O governador nomeia todo o seu secretariado, como é o caso do Igeprev. Mesmo que vier a provar o desvio do órgão, será um ato do ex-presidente Rogério Villas Boas e ele pagará por isso, e o governador não  pagará por ato de um assessor dele”, afirmou.

Mesmo após sair no Diário Oficial do Tocantins que a exoneração do ex-presidente do Igeprev foi a pedido, Carlão afirmou que a primeira atitude de Siqueira foi exonerar o ex-presidente quando apareceram as primeiras provas do desvio de dinheiro. “O assunto que requer todo trabalho de investigação e o governo com certeza absoluta vai também apurar e já está fazendo isso através da Procuradoria Geral do Estado e tomará as medidas cabíveis”, disse Carlão. 

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