Em entrevista ao vivo na Globo News nesta segunda-feira, 3, a candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), senadora Kátia Abreu (PDT) protagonizou um dos mais comentados embates entre os jornalistas e candidatos nestas eleições, assunto que dominou as redes sociais por algumas horas na noite de ontem.
A entrevista de Kátia estreou o quadro de sabatinas na Globo News com os candidatos à vice-presidência do Brasil e as perguntas foram realizadas por Heraldo Pereira, Miriam Leitão, Fernando Gabeira, Gerson Camarotti, Merval Pereira, Cristina Lobo e Andréia Sadi.
A senadora afirmou que para ser sólido e tranquilo, um governo deve ter um vice-presidente leal. “O governo para ser sólido e ter tranquilidade, ele tem que ter um vice-presidente leal, um vice-presidente que lhe dê conforto para trabalhar. Ele não pode ficar 24 horas assustado, com uma conspiração ou qualquer tipo de traição”.
Bem informada e segura, Kátia não fugiu das perguntas e se posicionou sobre temas fortes e polêmicos. Alguns internautas avaliaram que Kátia Abreu não se sentiu acuada pelas perguntas de Miriam Leitão. No Twitter, o enfrentamento entre as duas gerou muitos comentários.
A jornalista foi a primeira a direcionar perguntas à senadora, e abriu o bloco questionando Kátia sobre ela ser contrária a divulgação da lista dos autuados por prática de trabalho escravo. A senadora respondeu que é “um trabalho degradante e inaceitável, mas que não deve ser feita condenação antecipada. No caso da lista, ela é uma condenação antecipada. É um apedrejamento antecipado, que Jesus Cristo evitou que isso acontecesse... Antes de ser investigado, ter sido provado pela Justiça, pelo Ministério Público ou Polícia Federal”.
Miriam Leitão rebateu afirmando que a lista é informação pública. Kátia retrucou justificando que isso vai além de apenas informação. “Nesta lista os produtores são proibidos de vender gado aos frigoríficos, quem produz açúcar é proibido de vender cana às usinas, quem produz soja é proibido de vender para as traders que compram soja. Então não é simplesmente uma lista, é uma condenação antecipada", disse a candidata.
Logo em seguida, a jornalista afirmou que Kátia Abreu foi alvo de uma denúncia de desmatamento em 2004. A candidata negou e defendeu a preservação ambiental. Em meio a um embate de tom elevado, chegou a afirmar: “a senhora tem problema com produtores rurais. [...] O fato de você não ser candidata não te dá direito de fazer perguntas tão fortes e eu tenho o direito de responder”, pontuou.
Kátia Abreu também afirmou ser contra alterar a legislação sobre porte de armas, mas defendeu que moradores da área rural possam requerer uso de armamento “em casos extremos”. “Existe um item que fala que a Polícia Federal exige - e graças a Deus que exige - uma justificativa para você ter arma. [...] Eu acredito que [deva ser mantida] a mesma legislação sem alterar nada, em casos extremos, de distâncias, de lugares muito abandonados, como é praticamente todo o campo brasileiro [...]”, afirmou.
Kátia também lamentou o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e disse esperar que, das cinzas do acervo, o país ressurja como “uma fênix”.
Confira abaixo alguns comentários publicados no Twitter sobre a entrevista:
- “Katia Abreu não cede diante dos fuzileiros da Globonews e agora topa com Camarote. Essa mulher é firme e já calou pelo menos quatro repórteres da Globo”.
“A Katia Abreu relacionou trabalho escravo ao trabalho dos jornalistas, por causa das longas jornadas.#GNEleicoes2018”
“Miriam x Katia Abreu tá até melhor que Bonner x Marina. Recomendo. #gneleições2018”
“Cara, a Katia Abreu é um cavalo de troia do Ciro pra conquistar uma rapaziada aí que tá cheia de amor pra dar”.
(Com informações de Folha de São Paulo)
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