Quintanilha nega que Botelho tenha se afastado para facilitar eleição de Cunha

O ex-senador disse que não sabe até quando ficará no cargo, mas negou que seu retorno tenha relação com a eleição do novo líder do PMDB, Eduardo Cunha.

O ex-senador e suplente de deputado, Leomar Quintanilha  (PMDB), que assumiu nesse sábado, 2, a cadeira na Câmara no lugar do deputado Lázaro Botelho (PP) negou na manhã desta segunda-feira, 4, que seu retorno à Casa seja fruto de um acordo para votar em Eduardo Cunha ao cargo de líder da Bancada do partido no Congresso. Quintanilha também negou que Botelho retorne ao cargo nessa segunda, conforme informações de bastidores.



“Essa informação não procede, o Lázaro se afastou porque estava precisando resolver alguns assuntos particulares, não por causa da eleição”, declarou ao T1 Notícias.



Questionado sobre a eleição de Cunha, o ex-senador disse que participou, mas que não assumiu vaga na Câmara por causa disso. “Eu participei sim da eleição da Câmara, mas independente do meu voto, ele ia ganhar do mesmo jeito, não assumi por causa disso. Lázaro precisava se afastar e aproveitou o momento”, disse.

 

Vale lembrar que quem deveria assumir a cadeira de Botelho era o primeiro suplente, Donizeti Nogueira (PT), mas o petista se disse impedido, abrindo lugar para que Quintanilha assumisse.



Licença

Sobre até quando ficará no cargo, já que informações dão conta de que Botelho pode retornar já nesta segunda-feira, 4, Quintanilha informou que não sabe até quando deve permanecer.



“A licença do Lázaro é de 120 dias, mas o mandato é dele, e sendo assim, ele volta quando quiser. Eu quero aproveitar o momento para continuar dando minha contribuição para o crescimento do Estado e para melhorar as condições sociais da população do nosso Estado”, finalizou.


   
Entenda

Aconteceu nesse domingo, em dois turnos, a eleição para o novo líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados. Concorreram ao cargo, os deputados Eduardo Cunha (RJ), Sandro Mabel (GO) e Osmar Terra (RS).  

 

Com 46 votos, Cunha venceu a disputa pelo cargo de líder do PMDB em segundo turno contra o deputado Sandro Mabel (GO), que recebeu 32 votos. Houve duas abstenções.

 

Cunha já havia obtido mais votos no primeiro turno, mas um acordo da bancada determinou que só seria eleito em primeiro turno o candidato que obtivesse 41 votos. Nessa etapa, Cunha teve 40 votos; Mabel, 26; e Osmar Terra (RS), 13. O atual líder e candidato à Presidência da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), declarou abstenção nos dois turnos.

 

Sem sucesso

O Portal T1 Notícias tentou contato com o deputado Lázaro Botelho (PP) para que ele se manifestasse sobre o assunto, mas não obteve sucesso. Caso ele queira comentar o assunto, o espaço continua aberto.

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