O maior fato político do começo desta semana, penúltima que antecede as eleições do próximo dia 7 de outubro é o que está sendo chamado nos bastidores de “desidratação”da campanha majoritária do ex-juiz, Márlon Reis. Sem recursos significativos desde o começo da campanha, o governadoriável perdeu a equipe de comunicação e está sem produtora, sem a equipe do jornalismo e sem abastecimento das redes sociais. Ao T1 Notícias mais cedo, o candidato confirmou as dificuldades financeiras e a paralisação da área de comunicação da campanha.
O quadro é de desânimo nos bastidores da campanha majoritária e a análise de líderes ouvidos dentro do staff de Marlon Reis é que, sem expectativa de vitória, e diante dos últimos acontecimentos poderá haver uma desmobilização por parte dos militantes que acompanham o candidato desde a eleição suplementar, provocando uma fuga de votos que afete as campanhas dos dois senadores.
Vindo numa crescente dada a organização de sua campanha e o trabalho feito nas ruas, o candidato Paulo Mourão caminhava para ser beneficiado na reta final da campanha pelo crescimento da campanha de Fernando Haddad a presidência da República. Segundo colocado na preferencia de votos do tocantinense, Haddad representa a força do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi “abraçado” unicamente por Mourão entre os candidatos ao Senado.
O enfraquecimento da campanha de Márlon Reis, acontece num momento em que o candidato a governador César Simonni(PSL), cresce nas cinco maiores cidades do Estado impulsionado pelo crescimento do seu candidato a presidente, Jair Bolsonaro. “Corre o risco do Dr. Márlon não conseguir a votação que teve na suplementar, ou seja, não atingir os 10% de votos válidos e ser ultrapassado pelo Simoni”, avaliou uma fonte ligada ao Rede.
O baixo desempenho de Marlon Reis pode ainda comprometer a expectativa de segundo turno das eleições, que aumentou nas últimas semanas com o crescimento de Carlos Amastha(PSB). “Na suplementar eram sete candidatos, cinco competitivos. Agora, para provocar o segundo turno, os três candidatos menores, somados precisariam ter votos suficientes para evitar uma polarização com o candidato do governo muito à frente”, avaliou outra fonte ouvida pelo T1.
Na avaliação de boa parte do Staff da campanha, se não receber socorro financeiro do PT e do PSD, partidos fortes e com capacidade de captação de recursos, Marlon Reis terá sido uma “barriga de aluguel”, como já é chamado nos bastidores e terminará a eleição tendo comprometido o nome (até aqui é ficha limpa) e o discurso de fazer política sem os vícios dos grupos tradicionais.
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