Senador pede cassação do registro do PL por financiar a tentativa de golpe

Humberto Costa (PT-PE) defendeu apuração sobre possível desvio de recursos para financiar planos golpistas nas eleições de 2022

Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

A abertura de investigações em desfavor do Partido Liberal (PL) foi solicitada nesta quinta-feira, 8, pelo senador Humberto Costa (PT-PE) à Procuradoria-Geral da República (PGR) após a operação deflagrada pela Polícia Federal para para apurar a participação de militares e ex-assessores do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em uma tentativa de golpe de Estado.

 

Direcionada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a representação do senador Humberto Costa pede que a PGR investigue a sigla por suposto financiamento de "atividades ilegais e criminosas" com o propósito de invalidar o resultado das eleições de 2022. No documento encaminhado à PGR, o senador pernambucano afirma que os usos de recursos públicos para o financiamento de ações golpistas podem justificar a cassação do registro do PL

 

No relatório que embasou a operação, a Polícia Federal classifica sede do PL como “QG do golpe”. De acordo com as investigações, o local serviu como núcleo de “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”. Ao mesmo tempo, apontam o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, como o “principal fiador” dos questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral.

 

Tanto endereços ligados a Valdemar quanto a sede do PL foram alvo de mandados de busca e apreensão. O presidente da sigla foi detido em flagrante, em Brasília, por posse irregular de arma de fogo. Ao todo, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados.

 

As medidas incluem a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. Jair Bolsonaro é um dos que entregou o passaporte, segundo o advogado do ex-presidente, Paulo Bueno.

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