Adão diz que sem adesão do Sintet servidores ficam sem receber progressões

Sobre o comunicado emitido pelo Sintet o secretário Adão, falou que a Seduc não pode alterar a proposta de parcelamento das progressões. Para ele alguns membros do Sintet tem postura fundamentalista.

Secretário Adão Francisco, em entrevista ao T1
Descrição: Secretário Adão Francisco, em entrevista ao T1 Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, disse ao T1 Notícias que a postura de alguns membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) é “fundamentalista” e não reflete no pensamento de todos os seus dirigentes, para ele o fato do sindicato não aceitar o parcelamento das progressões é “o reflexo de alguns exaltados que estão se utilizando do momento para fazerem plataforma eleitoral para as eleições que ocorrerão no Sintet logo no começo do ano que vem”.

 

Ainda durante sua entrevista, Adão ressaltou que a proposta apresentada ao Sintet para pagamento da data-base é a que é possível de ser cumprida. “Não podemos ceder em nada”, completou o secretário ao informar que “alguns diretores do Sintet, ao insistirem com a greve, estão impedindo que os servidores recebam a implementação do reajuste”.

 

De acordo com Adão Francisco, que esteve em reunião com o secretário da Administração Geferson Barros, na manhã desta sexta-feira, 24, para que os servidores tenham acesso ao pagamento das progressões na forma em que foi aprovado pela Assembleia Legislativa, o sindicato precisa aderir.

 

A manifestação do secretário se deu após o Sintet afirmar que a proposta de parcelamento da data-base também não atende aos anseios da categoria. Adão Francisco explicou que se o pagamento não for realizado da forma como o texto foi aprovado na Assembleia Legislativa, o Estado entra “em rota de colisão com a Lei de Responsabilidade Fiscal”.

 

“Qualquer alteração na proposta de parcelamento, no sentido do que alguns diretores do Sintet intencionam, compromete todo o orçamento da Seduc com a folha de pagamento, não restando recursos para investimentos”, disse.

 

Na ocasião, o secretário lembrou que as possibilidades de negociação foram esgotadas. “Foram mais de três meses construindo a proposta mais factível. Agora cobremos a postura cívica dos dirigentes sindicais. Tenhamos responsabilidade com a Coisa Pública!”, disparou.

 

“O que propomos reflete todo o nosso compromisso com essa categoria e o reconhecimento de sua importância social. Mas precisamos avançar no sentido de implementarmos tudo aquilo que a sociedade tocantinense anseia de mudanças e que se realiza fundamentalmente a partir da Educação”, ressaltou.

 

Adão Francisco informou ainda que a Secretaria de Educação (Seduc) tem trabalhado no sentido de garantir uma gestão competente que contemple além da valorização profissional, também a realização de todas as demais dimensões da Educação. “Na verdade, a manutenção da Educação não se limita à folha de pagamento e não podemos e nem iremos agir com irresponsabilidade”, disse o gestor da Seduc ao pedir “especial empenho para que sensibilizem os nossos docentes a retornarem às atividades, uma vez que a proposta apresentada pelo governo é a melhor possível diante do contexto de contingenciamento”.

 

A proposta

O parcelamento da data-base foi aprovado na Assembleia Legislativa no início deste mês e foi fruto de um acordo entre governo e sindicatos, o qual o Sintet nega ter participado, intermediado pelos deputados estaduais. Assim o pagamento foi parcelado, sendo a primeira parcela contemplada na folha de julho e a segunda na de novembro. Quanto ao retroativo referente aos meses de maio e junho o índice de 4,17% deve ser pago até o dia 31 deste mês e o restante, 4,17% dividido em seis parcelas que começam a ser pagas em janeiro de 2016.

 

Já com relação às progressões o acordo firmado entre sindicatos e governo traz a proposta de pagamento, das de 2014, na folha de pagamento de setembro e outubro de forma escalonada em órdem alfabética. Quanto ao retroativo de anos anteriores vai ser dividido em até seis parcelas a partir de janeiro de 2016.

 

(Atualizada com correções às 15h58)

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