Agricultores temem fechamento de escola por conta de evasão; Seduc garante que mantém

Associação de agricultores de Taquaruçu e Buritirana protocolaram pedido para o não fechamento e melhorias na escola no MPE e no MPC

Escola Estadual Girassol de Tempo Integram Rural
Descrição: Escola Estadual Girassol de Tempo Integram Rural Crédito: Divulgação

Três associações de agricultores do distrito de Taquaruçu realizaram denúncia junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público de Contas (MPC) pedindo providências da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para o não fechamento da Escola Estadual Girassol de Tempo Integral Rural, localizada entre Taquaruçu e Buritirana. A Seduc garantiu, na tarde desta quarta-feira, 29, ao T1 que Escola não vai fechar e que Diretoria Regional de Ensino se reunirá ainda esta semana com a comunidade escolar e a associação de moradores.

 

De acordo com Simey Araújo, agricultor local e um dos denunciantes, a escola foi inaugurada há seis anos para atender 250 crianças da região, mas atualmente estudam aproximadamente 25 alunos. “Sendo que existem mais funcionários do que propriamente o número de alunos estudando, ou seja, se nada for feito de forma emergencial e eficaz, a unidade escolar caminha a passos largos rumo à paralisação das suas atividades educacionais”.

 

Assinam a denúncia a Associação Pioneira do Projeto de Assentamento Veredão (ASPPAV), Associação dos Agricultores Familiares do Projeto de Assentamento Entre Rios  e a Associação dos Agricultores do Projeto de Assentamento Serra do Taquaruçu.

 

Evasão escolar

 

Para o agricultor, o que levou a fuga de alunos da escola é a má qualidade do ensino na instituição, omissão do diretor e a não comunicação com a comunidade, além da falta de fiscalização da DRE- Diretoria Regional de Ensino de Palmas. “Com aval e apoio dos moradores e da associação rural que representa a comunidade, que denunciamos o problema ao MPE para que a Secretaria Estadual de Educação seja acionada a tomar providências urgentes” ressaltou.

 

O agricultor enfatizou que por não gostarem da educação oferecida pela Escola Estadual Girassol, hoje as crianças dos distritos de Taquaruçu e Buritirana frequentam outros escolas que ficam em um raio de 30 quilômetros. “Cerca de 150 estudantes vão estudar nas escolas distante, 30 km, em Taquaruçu e Buritirana”.

 

Acredita que com mobilização e sensibilização, junto aos pais de alunos e dos presidentes das associações da região, além de um plano de gestão escolar conforme a realidade da região podem incentivar os pais de alunos de agricultores a matricularem os seus filhos na Escola Girassol.  

 

Outro pedido dos agricultores, de acordo com Simey, é transformar a colégio em uma instituição de ensino agrícola.  

 

Seduc garante funcionamento 

 

Sobre o atendimento na Escola Estadual Entre Rios, localizada no Assentamento Entre Rios, em Palmas, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) informou, por meio de nota, que desconhece os problemas apontados e que não foi notificada pelo Ministério Público Estadual.

 

Comunicou, ainda, que a escola tem capacidade para atender 50 estudantes, conta atualmente com 30 alunos matriculados no ensino fundamental e, a partir de 2018, abrirá uma turma de 1º ano do ensino fundamental para atender à solicitação da comunidade da região e possibilitar que os alunos estudem próximos de casa.

 

Sobre a informação de que a direção do colégio é omisso, a Seduc ressaltou que as decisões da direção da unidade de ensino são tomadas em comum acordo com a Associação de Apoio Escolar, a qual conta com representantes da comunidade local.

 

“É importante esclarecer que não existe déficit de professores e que não há nenhum registro que justifique o fechamento da escola. Ainda assim a Diretoria Regional de Ensino se reunirá ainda esta semana com a comunidade escolar e a associação de moradores para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao atendimento na unidade de ensino em 2018” explanou a secretaria.

 

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