Comissão de Revisão do Plano Diretor discute implantação de Parque Linear em Palmas

Projeto preliminar foi apresentado nesta terça-feira, 05, por equipe de professores do Instituto de Arquitetura e Paisagismo da Universidade Tecnológica de Graz, na Áustria

O projeto preliminar foi apresentado nesta terça-feira
Descrição: O projeto preliminar foi apresentado nesta terça-feira Crédito: Divulgação

Um  Parque Linear seguindo a orla do Lago de Palmas, planejado com foco nas condições climáticas local, contemplando as especificidades da  flora e da fauna, bem como os costumes sociais da população.  Esse é o “Paisagens Integrativas Palmas”, projeto preliminar apresentado nesta terça-feira, 05, por equipe de professores do Instituto de Arquitetura e Paisagismo da Universidade Tecnológica de Graz, na Áustria,  e que deve ser inserido como diretriz na revisão do Plano Diretor de Palmas.

 

O projeto, apoiado por fundos da Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (Ices) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Palmas, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas (Impup), e equipe de especialistas da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Centro Universitário Luterano de Palmas - (Ceulp).

 

Meio ambiente e economia

 

Elaborado com um designer inovador, o projeto busca unir a preservação ambiental com a exploração econômica, de forma que um viabilize o outro.  Na concepção do parque, está a combinação de árvores nativas com um sistema de ciclovias, alamedas e calçadas acessíveis de pedestres, ancoradouros de barco e marina, restaurantes e salões para encontros sociais e eventos culturais.  Há ainda  a previsão de  uso de águas pluviais para a operação do parque, desde a rega sustentável dos jardins até a limpeza de estruturas e equipamentos públicos.

 

De acordo com o arquiteto Klaus K, Loenhart,  integrante da equipe que elaborou o projeto, toda a concepção do parque teve como um dos principais objetivos a questão do conforto térmico em Palmas. Desta forma, tem como proposta amenizar a temperatura local, seja através da arborização, bem como da instalação de estruturas que diminuam o clima local.  Em um dos espaços de convivência previstos, é proposto a instalação de estrutura formada por plantas locais e um sistema de evaporação de água, que deverá proporcionar maior conforto térmico.

 

Viabilidade econômica

 

Dentre os espaços previstos estão também o Jardim da Biodiversidade e o Campo do Pôr do sol, gramado específico para apreciar o pôr do sol, além de áreas que permitam a prática de esportes no período noturno, como já é costume dos moradores de Palmas.  “Um parque desenhado especificamente para as condições locais. Características que são únicas de Palmas”, afirmou Loenhart.

 

O arquiteto informou ainda que foram realizados estudos sobre a viabilidade econômica do projeto, que prevê a instalação de empreendimentos imobiliários, a exemplo de apartamentos e comércios,  que financiariam sua instalação. Outra questão que facilitaria a viabilização do parque é a previsão de implantação em etapas, havendo tempo para o planejamento financeiro de sua instalação. “A gente pode integrar economia a ecologia. Nós acreditamos nisso”, ressaltou.

 

Inclusão no Plano Diretor

 

Para o presidente do Impup, Ephim Shluger,  o projeto é “uma oportunidade singular para a adoção de planejamento e desenho urbano sensíveis através de um projeto paisagístico integrado, baseado no conceito contemporâneo de uma infraestrutura verde sustentável, com baixas emissões de carbono”.

 

Já o prefeito Carlos Amastha ressaltou que projeto surge no momento ideal, uma vez que Palmas discute a revisão do eu plano diretor. “O projeto possui características que me encantaram - a ocupação do espaço público, a estética. Hoje temos a possibilidade de construir aquilo que representa o nosso sonho para a cidade”, afirmou.

 

Amastha informou ainda que a construção do parque será proposta na revisão do Plano Diretor, e que deverão ser feitos estudos em relação a  projetos já existentes de ocupação das quadras da orla, para que  “se tenha uma orla maravilhosa e uma ocupação de quadras que reúnam os dois aspectos, de sustentabilidade e também do ponto de vista econômico. Isso vai ser inserido de maneira que essas diretrizes já fiquem incluídas e aprovadas no Plano Diretor, que é uma garantia futura  de sua execução”, disse.

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