Evento debaterá sobre intolerância e liberdade religiosa neste sábado, dia 29

As religiões que mais sofrem discriminação são as de matriz africana - Umbanda e Candomblé; evento de sábado, 29, vai discutir intolerância religiosa, entre vários outros temas afins.

Cartaz de encontro religioso
Descrição: Cartaz de encontro religioso Crédito: divulgação

A Organização das Nações Unidas (ONU) celebrará no dia 1º de março o “Dia Mundial da Discriminação Zero” e, por isso, com o intuito de discutir sobre a liberdade religiosa, os desafios e conscientizar a população acerca da temática, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias promoverá no próximo sábado, 29, o “Encontro Inter-Religioso: o Direito Humano à Liberdade Religiosa”. O evento, que será gratuito, iniciará às 18h no auditório da Igreja, na quadra 806 sul, Alameda 15 lote 04 em Palmas e contará com uma palestra e um painel temático composto por representantes de religiões cristãs e não cristãs.

 

O encontro tem também a proposta de sensibilizar a comunidade sobre respeito e das garantias dos direitos referentes à liberdade religiosa, além de promover um espaço público de debate sobre a construção da cultura dos direitos humanos e da não discriminação.

 

O evento

 

A palestra com o tema “Panorama histórico sobre a liberdade religiosa e as garantias legais no Brasil” será ministrada pela defensora pública coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos, da Defensoria Pública do Tocantins, Carina Queiroz de Farias Vieira.  Já o painel com o tema “Atualidades e desafios no diálogo inter-religioso” será composto pelos seguintes representantes: Pastor Moisés Lemos, filiado à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil; Rosângela Bazaia, muçulmana, divulgadora do Islã; Leila Ramos, presidente da Federação Espírita do Estado do Tocantins; Iyalorisá Ifalore Efuntolá - Roberta de Osoguiã, Presidente da Federação das Casas de Matriz Afro-brasileiras do Tocantins; Padre Aderso Alves dos Santos, Pároco na Paróquia São Francisco de Assis; Jonatas Duarte, Sumo Sacerdote de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e Herson Felipe da Cunha Alves, Pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O mediador do painel será o advogado, ativista dos Direitos Humanos e secretário geral da comissão de Igualdade Racial da OAB/TO, Cristian Ribas.

 

Denúncias

 

Um levantamento feito pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com base nas ligações do Disque 100, apontou que, no primeiro semestre de 2019, data da última atualização no sistema, foram registradas 354 denúncias de discriminação por religião, contra 211 registradas no mesmo período de 2018, aumento de 143 denúncias. Os números, no entanto, podem ser ainda maiores, pois a taxa de subnotificação é alta.

 

Entre as religiões que mais sofreram discriminação no primeiro semestre do ano passado, estão as religiões de matriz africana, sendo a Umbanda, com 26 denúncias e o Candomblé, com 18.

 

A pesquisa do MDH também traçou o perfil dos agressores em 2019. A maioria das ações de intolerância foi praticada por mulheres. Elas também encabeçam a lista das vítimas, são 45,18%, contra 37,35% dos homens.

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