Ocupação de UTIs cresce e prefeitura requisita 18 leitos para pacientes com Covid-19

A ampliação da oferta de leitos se deu por meio de requisição administrativa de leitos privados, um instrumento legal amparado no Projeto de Lei 2.324/2020.

Mesmo apresentando algumas variações, a taxa de ocupação de leitos vem crescendo em Palmas, principalmente os de UTI. Conforme os boletins epidemiológicos do município, na última sexta-feira, 17, a taxa de ocupação em leitos públicos e privados da Capital era de 59,4% e, uma semana depois, até esta sexta-feira, 24, a taxa estava em 68,6%. Já a ocupação em leitos de UTI saltou de 62,3% para 85,5%, o que pode ser considerado preocupante.  

 

Até ontem, 17 residentes de Palmas estavam internados, sendo dez graves e sete estáveis. Há outros 20 internados com suspeita para a doença. Também foi informado que 33 pacientes de outras localidades estão internados com a enfermidade em Palmas, sendo 22 graves e 11 estáveis. Outros 14 estão internados com suspeita para a Covid-19. 

 

Desta forma, a Prefeitura de Palmas decidiu requisitar 18 leitos clínicos da rede privada, que a partir deste sábado, 25, darão suporte aos pacientes com quadro de Covid-19 atendidos pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

 

Somados aos 21 novos leitos de estabilização implantados nas UPAs Norte e Sul, exclusivos para suspeitos ou confirmados com Covid-19, Palmas contará com 39 leitos (18 leitos clínicos e 21 leitos de estabilização) para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

A ampliação da oferta de leitos se deu por meio de requisição administrativa de leitos privados, um instrumento legal amparado no Projeto de Lei 2.324/2020 que autoriza o uso de leitos privados para internação de pacientes da rede pública.

 

A medida foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira, 24, e entra em vigor imediatamente. Os leitos requisitados serão remunerados semanalmente, conforme a média das cotações realizadas anteriormente no processo de credenciamento dos leitos clínicos publicado pela Prefeitura de Palmas.

 

O Município pagará somente pelos leitos utilizados. A Prefeitura abriu edital para credenciamento de hospitais da rede privada para recebimento de pacientes da rede pública, no entanto, não houve manifestação por parte de nenhum grupo empresarial da área da saúde no Município. 

 

Pacientes em estado moderado que derem entrada nas UPAs poderão ser removidos para os leitos clínicos requisitados, dependendo da avaliação médica e disponibilidade de vagas. Em Palmas, o Município é responsável pela média e alta complexidade ambulatorial, sendo do Estado, a competência pela internação hospitalar.  

 

Além dos leitos clínicos, a Prefeitura vem se empenhando para contratação de mais 14 médicos para a ala Covid, 12 leitos com respiradores, equipamentos de proteção individual, dentre outros. Para evitar maior sobrecarga nas UPAs, neste período da pandemia, a Semus reforçou a compra de medicamentos para comorbidades como diabetes e hipertensão, assegurando que esses pacientes possam realizar seus tratamentos em casa. O Município destinou cerca de R$ 26,3 milhões para fazer frente às despesas com medidas de enfrentamento à pandemia.

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