Professores da UFT não chegam a consenso sobre fim da greve; alunos pressionam

Em assembleia geral realizada na sexta, os professores da UFT não chegaram a um consenso se querem ou não o fim da greve. O momento foi marcado por tensão nas discussões. Alunos protocolam documento.

Professores da UFT continuam em greve
Descrição: Professores da UFT continuam em greve Crédito: Divulgação

Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) fizeram Assembleia Geral no campus de Palmas, na última, 18, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre o fim da paralização que teve início em 28 de maio. Durante essa semana os comandos de greve locais nos sete campi da Universidade (Araguaína, Tocantinópolis, Miracema, Porto Nacional, Arraias, Gurupi e Palmas) vão se reunir pra deliberar sobre o fim, ou não da greve e na sexta-feira, 25, está marcada uma reunião para a contagem dos votos.

 

A assembleia desta sexta foi marcada por momentos de tensão entre os docentes quando um dos professores, que estava na plateia, sugeriu que fosse incluído como prioridade nas discussões, o retorno imediato das aulas. Os professores debateram por mais de duas horas e ao final das discussões não chegaram a uma definição.

 

“Teve desde palavras de baixo calão a professor tirando microfone da mão de professor”, contou o aluno de engenharia civil, Rafael Amaral, ao informar que os professores não conseguiam chegar a um consenso e por isso ficou estabelecido que cada campus vai ser reunir durante a semana e na sexta-feira, a contagem geral dos votos vai ser feita, dando fim ou permanecendo com a greve dos professores da UFT.

 

Alunos pressionam sindicatos
 
Após a Assembleia, os alunos de 11 Centros Acadêmicos do campus de Palmas divulgaram no grupo geral da UFT no facebook uma carta onde seus membros questionam os Comandos de Greve dos professores e dos servidores técnico-administrativos da UFT, sobre diversos prejuízos acumulados das greves dos últimos anos.

 

Segundo a carta, o tempo de duração de todas as paralisações que ocorreram nos últimos 4 anos chega a 300 dias, e o atraso no calendário acadêmico já ultrapassa oito meses, para os alunos que ingressaram na Universidade em 2011.



“Acreditamos fortemente que muitos de nossos colegas deixaram de estudar na UFT nos últimos anos em decorrência desse clima de instabilidade”, consta na carta elaborada pelos alunos.

 

Estima-se que, só no campus de Palmas, mais de sete mil alunos estejam sem aula desde o final de maio. Somando-se com os outros campi, esse número pode chegar a mais de 12 mil.

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