Professores de Palmas decidem manter greve e fazem protesto na Câmara Municipal

Em nota emitida na última sexta-feira, 9, a prefeitura de Palmas informou que fará o corte de vencimentos dos professores que não cumprirem a determinação da Justiça

Professores protestam na Câmara
Descrição: Professores protestam na Câmara Crédito: Divulgação/Sintet

Os professores de Palmas decidiram na manhã desta terça-feira, 13, após a realização de uma assembleia no Rancho Bahia, manter a greve que começou no último dia 7. Segundo informações do presidente da regional de Palmas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado (Sintet), Joelson Pereira, “a votação contou com a presença de 1100 professores que decidiram, por unanimidade, manter a greve”. A greve foi suspensa pela Justiça no dia 8. Segundo a decisão, o descumprimento da determinação pode resultar no corte do ponto e em multa diária no valor de R$ 1 mil.

 

Ainda nesta manhã, os professores seguiram para a Câmara Municipal de Palmas, onde permanecerão em protesto. “O diálogo com o município não está aberto e faremos atos para obrigar a prefeitura a abrir a mesa de negociações. Viemos à Câmara porque queremos colocar os vereadores nessa negociação”, afirma Joelson Pereira.

 

Ainda segundo Joelson, os professores só foram notificados da suspensão da greve na manhã de hoje. “Fomos notificados agora pela manhã e já estamos recorrendo dessa decisão”. Ainda de acordo com o Sintet, na última sexta-feira, 90% das atividades nas escolas da Capital estavam paralisadas. O Sintet emitiu nota de repúdio, no domingo, 11, direcionada ao prefeito Carlos Amastha e ao secretário da Educação, Danilo de Melo Souza, diante da greve da categoria. Na nota, a diretoria do Sindicato informou que estão sendo tomadas medidas para revogar o corte de ponto e garantir o direito de reposição aos alunos. O Sindicato ainda convidou “toda a sociedade palmense para que participe de um grande ato dia 20 de outubro, na abertura dos Jogos Mundiais Indígenas”.

 

Em nota emitida na última sexta-feira, 9, a prefeitura de Palmas informou que mantém o diálogo aberto com a categoria, pede o retorno dos professores ao trabalho e afirma que fará o corte de vencimentos dos professores que não cumprirem a determinação da Justiça. “Considerando que o dinheiro público proveniente de tributos pagos pelo conjunto da sociedade não pode remunerar serviços não prestados, sob pena de improbidade administrativa e dano ao erário. Considerando ainda que, a Constituição Federal não assegura direito à ‘greve remunerada’ em prejuízo da população que padece dos serviços de Educação, o Município procederá ao corte dos vencimentos no período integral em que os servidores não cumprirem o seu dever de assiduidade ao ofício público”.

 

Dentre as reivindicações da categoria estão o fim do Projeto Salas Integradas e da modulação, o reajuste a partir do custo aluno, o pagamento de 1/3 das férias, eleições para diretores, destinação de 30% do orçamento municipal para a Educação, climatização das salas de aula das escolas e pagamentos de progressões e titularidades. Sobre as reivindicações, a prefeitura informou que seis dos nove itens demandados pela categoria já teriam sido concedidos.

 

(Matéria atualizada às 10h54)

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