Semus admite transmissão comunitária da Covid-19 e investiga três casos suspeitos

A Semus de Palmas admite existir muitos pacientes que não apresentam os sintomas, mas que estão transmitindo o vírus, por isso, reforça a higiene individual, o uso de máscaras e o isolamento social.

A Secretaria de Saúde de Palmas (Semus) informou neste sábado, 25, que está investigando possíveis casos de transmissão comunitária de coronavírus na Capital. O boletim epidemiológico divulgado na noite nesta sexta-feira, 24, traz três pessoas diagnosticadas com a Covid-19 que não fizeram viagens recentemente ou tiveram contato com outra pessoa infectada e, por isso, suspeita-se que a transmissão tenha ocorrido no transporte coletivo.

 

Desde o mês de março o Ministério da Saúde (MS) declarou o reconhecimento de transmissão comunitária do novo coronavírus (Covid-19) em todo o Brasil. Dos 30 casos confirmados com a doença na Capital, seis deles podem ter contraído o vírus por transmissão comunitária. Três casos estão sendo investigados pela equipe epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), sustenta a diretora de Vigilância Epidemiológica, Marta Malheiros.  

 

Até agora, foram constatados três pacientes que não conseguiram ser identificados ainda como fonte da transmissão comunitária. A secretaria chama a atenção para que, nesta etapa da pandemia, a população colabore, pois "o vírus está presente em nosso meio, não só mais em grupos isolados”.

 

Marta admite existir muitos pacientes que não apresentam os sintomas, mas estão transmitindo o vírus. “Por isso, a higiene individual, o uso de máscaras e o isolamento social são essenciais para conter a disseminação e avanço da doença”, aconselha a diretora. Ela recomenda que a pessoa, ao perceber os primeiros sintomas gripais, a se recolher em isolamento e só sair de casa se realmente se for indispensável.

 

Para a diretora, o momento é de autocuidado. “As pessoas têm que se conscientizar sobre as aglomerações, não elaborar pequenas festas com familiares, evitar ficar muito próximo de outras pessoas na rua, mesmo ao pegar ônibus, também é importante evitar viagens mesmo que interioranas,  essa é uma época de isolamento social”, aconselha Marta Malheiros.

 

Segundo a diretora da Semus, o cenário epidemiológico da cidade poderá ser outro de agora para frente, caso seja confirmada a transmissão comunitária. Quando o quadro se apresentava apenas com transmissão em pessoas que estavam em viagem, “agora apresenta também pacientes infectados que não estiveram nos países com registro da doença e transmitem a doença para outras pessoas, que também não viajaram”, especula Marta Malheiros.

 

Em nota encaminhada nesta sábado ao T1 Notícias, a Semus defende que, diante desse quadro, é necessário que  a população redobre os cuidados com a higienização pessoal, “uma vez que muitos trabalhadores integram as áreas de prestação de serviços essenciais e necessitam do transporte municipal para se deslocar aos locais de trabalho, bem como idas a supermercados, agências bancárias e casas lotéricas”, explica a diretora.

 

Marta reforça a importância do uso de máscaras, higienização das mão com álcool em gel antes de se expor ao sair de casa, evitar levar as mãos ao rosto, retirar as roupas antes de entrar em casa, e evitar entrar com sapatos dentro de casa que estiveram na rua.

 

Transmissão comunitária

 

A transmissão comunitária ocorre quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre pessoas. Segundo a Prefeitura de Palmas, a suspeita é que ela tenha ocorrido em ônibus do transporte coletivo.

 

Dos 30 casos confirmados em Palmas, cinco  pacientes foram infectados no exterior; nove pessoas, em outros estados brasileiros; 11 pessoas ficaram doentes após terem contato com os casos confirmados na Capital; três não sabem a origem da doença e os outros dois casos estão sendo investigados.

 

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