Sindjor repudia agressão à jornalista durante evento de posse no Espaço Cultural

Segundo a jornalista, ela acompanhava seu assessorado quando foi puxada pelo braço pelo servidor que estava no meio do caminho.

Jornalista relata agressão no evento de transmissão de cargo nesta terça.
Descrição: Jornalista relata agressão no evento de transmissão de cargo nesta terça. Crédito: Divulgação/ T1 Notícias

O Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor) divulgou nota lamentando uma agressão sofrida pela jornalista Gabriela Melo, assessora do vereador Professor Júnior Geo (PROS), por parte de um servidor da Prefeitura de Palmas, conhecido por Raniere.

 

Segundo a jornalista, ela acompanhava o assessorado quando foi puxada pelo braço pelo servidor que estava no meio do caminho. “[Ele] puxou pelo braço de forma agressiva. Disse que eu não ia entregar nada pra ele [vereador]. Depois passou por mim e disse que eu ia ser presa se entrasse com o bolo”, contou ao esclarecer que o vereador entraria com um bolo, mas ao ser impedido pelo fato de o local ser um auditório, deixou o produto e entrou apenas com uma plaquinha.

 

A jornalista afirma que não estava com nenhum bolo, apenas com um guardanapo quando foi abordada pelo servidor. “Eu fiquei assustada com a situação. Não esperava esse tipo de coisa”, lamenta a profissional.

 

O Portal T1 tentou ouvir o servidor, mas até o fechamento da matéria não houve retorno.

 

Confira a nota do Sindjor na íntegra.

 

NOTA

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins lamenta profundamente o ocorrido na manhã desta terça-feira, 3 de abril de 2018, no Espaço Cultural, quando a jornalista Gabriela Melo foi impedida de exercer sua atividade por um servidor da prefeitura de Palmas.

 

Num evento onde se pregava a democracia, e vontade de lutar pelo povo, é inadmissível agredir quem estava no local tão somente para acompanhar o assessorado que igualmente luta pelos direitos do povo. É lamentável que se use a violência, quer seja física ou verbal, contra profissionais que estão no exercício do seu trabalho tão somente por diferenças políticas partidárias.

 

O Sindjor-TO se posiciona rigorosamente na contramão de qualquer tentativa de impedimento à liberdade de imprensa e repugna qualquer ameaça aos profissionais da comunicação e com o mesmo ímpeto defende a ética na profissão e o uso responsável da informação apurada e veiculada.

 

Diante dos fatos o Sindjor-TO torna pública a ameaça sofrida pelos profissionais jornalistas, bem como já se colocou à disposição da colega, a fim de impedir que novos casos de violência do segmento venham a ocorrer no estado do Tocantins.

 

Vale lembrar que os jornalistas, quer seja repórter, assessor de imprensa, repórter cinematográfico, repórter fotográfico ou qualquer outra função que exerçam, possuem a missão de levar a informação dos fatos de interesse à sociedade e têm a obrigação de credenciar a informação mediante acompanhamento e investigação.

 

Por fim, o Sindicato nem quer saber o que motivou tal agressão, pois nada justifica uma atitude destemperada e desequilibrada, porém exige, tal como a violência praticada contra a jornalista, uma retratação pública pelo ocorrido e ainda tomará as medidas cabíveis que o fato requer, para que nenhum jornalista faça parte da estatística da violência.

 

Sindjor-TO

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