Numa coletiva de imprensa concedita na tarde desta quarta-feira, 24, as entidades sindicais dos servidores públicos do Estado do Tocantins afirmaram que vão pressionar os deputados estaduais a votarem o Projeto de Lei que trata da reestruturação do Instituto de Gestão Previdênciária do Tocantins (Igeprev) na sessão desta terça-feira, 24.
“Que eles parem suas campanhas um dia para votar esse projeto, porque eles faltam e continuam recebendo, mas se um servidor falta, o ponto dele é descontado”, disse o presidente do Sisepe ao avisar que “O nome do deputado que não comparecer será divulgado em meio aos servidores. Se não comparecem, sabemos que eles não estão representando os servidores públicos”.
O presidente do Sisepe afirmou que o tratamento do Assembleia Legislativa para com os servidores não é cordial, “uma vez que eles se quer comparecem à AL para dar quórum para aprovar Lei. Trabalhamos mais de 6 meses para fazer o Projeto de Lei, dia 11 deu entrada e desde então nunca deu quórum para votar” disse Cleiton Pinheiro ao ponderar que “precisamos colocar essa lei para entrar em vigor logo, para assumirmos a estrutura do órgão. Nós sabemos que o Governo não tem esse interesse”.
“Todo mundo quer ser a mãe”
As entidades não pouparam críticas ao atual Governo sobre o discurso que o candidato que cumpre mandato tampão faz durante a campanha, de que vai colocar servidor de carreira para gerir o Instituto.
“A condução desse projeto foi através de pressão das categorias e os exemplos que vem acontecendo de prejuízo. Essa linha de falência e prejuízo descambou. O servidor sabe que vai assumir uma bomba”, afirmou o presidente do Sisepe.
Os presidentes das entidades presentes disseram que “pela vontade do Governo, ele não estaria discutindo com as entidades” e alfinetaram: “E tem gente querendo ser o pai da criança, mesmo não sendo. O governador colocando isso em campanha como se fosse dele, mas não é. É uma vontade dos servidores”, disse Luciano Lucas, representando o Sindicato dos Profissionais de Educação Física.
O representante do Sindare pontuou que o Governo faz uso indevido de uma luta das classes. “Há um uso indevido do Governo, que se aproveita da situação, a gente não vê perspectiva de que a lei de fato seja votada e aprovada antes das eleições. Tinhamos interesse na lista tríplice, mas não foi aceita”, lamentou sobre a mudança que a Casa Civil fez na minuta do PL, excluindo o desejo dos servidores de encaminhar uma lista tríplice ao Governo para que fosse escolhido o servidor de carreira a ocupar a presidência do Igeprev. A escolha é livre.
Confira a nota das entidades classistas em anexo.
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