Estado é acionado na Justiça por falta de Polícia Civil e Militar em 4 cidades

Segundo o MPE, faltam condições adequadas de funcionamento dos órgãos de segurança localizados nos municípios de Lizarda, Rio Sono, Tocantínia e Lajeado

O Ministério Público do Estado (MPE), por meio da Promotoria de Justiça de Tocantínia, ajuizou, na terça-feira, 5, acionou o Governo do Estado na Justiça pela falta de condições adequadas de funcionamento dos órgãos de segurança localizados nos municípios de Lizarda, Rio Sono, Tocantínia e Lajeado. Segundo o MPE, a situação fere o direito constitucional à segurança pública integral, adequada e eficiente.

 

A Ação Civil Pública expõe que, nos quatro municípios, “é nítido e deplorável o abandono do Estado com relação aos pelotões da Polícia Militar e às delegacias da Polícia Civil, tanto na esfera humana quanto no campo material”. De acordo com o MPE, apesar de haver delegacias da Polícia Civil em todas as cidades, elas estão desprovidas de delegados e, cada uma, conta com apenas um agente de polícia. Em consequência, inúmeros inquéritos policiais são devolvidos ao Ministério Público sem que haja conclusões ou diligências cumpridas. O mesmo ocorre quanto às determinações do Juizado Criminal.

 

A ACP requer, liminarmente, que o Estado disponibilize, para cada um das localidades, o efetivo de seis policiais militares, um delegado, um agente, um escrivão e uma viatura. Também pede a reforma estrutural e aparelhamento das delegacias de Polícia Civil e destacamentos da Polícia Militar, bem como a garantia de atendimento à população nas delegacias durante as 24 horas do dia e que os delegados concluam os inquéritos policiais pendentes de conclusão no prazo de 30 dias.

 

O promotor de Justiça João Edson de Souza, autor da ação, relata que muitos infratores deixam de ser efetivamente punidos, principalmente nos casos de contravenções penais, porque nem sempre a PM possui condições de conduzi-los até Miracema do Tocantins, uma das cidades que possui estrutura para receber as pessoas detidas em flagrante. “Isso tem gerado na população de tais cidades uma grande sensação de insegurança e sentimento de impunidade”, disse o promotor de Justiça.

 

(Com informações da Ascom/MPE)

 

 

 

Comentários (0)