Famílias que viviam há mais de 50 anos em assentamento são despejadas do local

Em cumprimento a ordem judicial, oficiais de Justiça, com apoio da PM, despejaram 40 famílias que moravam na Gleba Tauá, em Goiatins, após suposto dono requerer a terra na justiça para plantar soja

Famílias são obrigadas a deixar terra onde viviam
Descrição: Famílias são obrigadas a deixar terra onde viviam Crédito: Divulgação

Cerca de 40 famílias, que viviam na Gleba Tauá, zona rural do município de Goiatins, norte do Estado, foram obrigadas a desocupar a terra na manhã desta quinta-feira, 12, quando os oficiais de Justiça, com o apoio de policiais militares, chegaram ao local para cumprir ordem judicial expedida pelo juiz Lautom Bezerra de Lima. A ação foi movida por um empresário de Santa Catarina, que requereu o direito das terras, com o intuito de plantar soja.

 

Dentre os ocupantes da terra estão representantes da Comissão Pastoral da Terra, que tentou negociar com os policiais uma possível permanência das famílias no local, mas não obtiveram êxito e foram colocados em uma van juntamente com os moradores do local, para em seguida serem conduzidos para a zona urbana do município.

 

No momento da desocupação, membros da Pastoral da Terra enviaram mensagens via redes sociais para que a população se mobilizasse em prol das famílias, que vivem no local há pelo menos 50 anos. Uma das moradoras, que também foi obrigada a deixar na van da PM o local onde vive há décadas é a dona Raimunda, de 73 anos.

 

A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Tocantins, da Defensoria Pública e do Ministério Público foram acionados pela Pastoral da Terra, que entrará com ações contra a ordem judicial se em prol de alojar as famílias despejadas.

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