Governo não cede e sindicatos dizem estar preparados para deflagrar greve

Após governo permanecer irredutível sobre proposta da data-base, sindicatos reclamam de falta de diálogo e não descartam greve entre as categorias. Decisão deve ser dos servidores.

Governo não agrada sindicatos
Descrição: Governo não agrada sindicatos Crédito: Ascom Sinpol

Em reunião com os sindicatos na Secretaria do Planejamento (Seplan), no fim da tarde desta segunda-feira, 08, o governo deixou claro que não mudará a última proposta sobre o pagamento da data-base em duas parcelas neste ano. Os sindicatos, porém, exigiram que o pagamento fosse feito em parcela única e que as categorias devem reagir, possivelmente com greves.

 

O secretario da Administração, Geferson Barros foi bastante sucinto e direto em sua fala e disse que o governo manterá posição de que não pagará a data-base em parcela única. “Consideramos a proposta feita pelo Estado muito boa, em virtude da atual condição financeira do nosso Estado”, disse Geferson.

 

Os representantes dos sindicatos, questionaram se o Estado teria algum estudo para a redução de gastos, que possibilite uma proposta aos sindicatos, para atender aos direitos dos servidores.

 

No entanto, a comissão da administração do governo, permaneceu irredutível e o secretário da Administração, mesmo afirmando que “o governo vai continuar aberto ao diálogo”, disse que “o Estado não tem condições financeiras e ponto. O governo só tem condições de incorporar progressões no ano de 2016. A dificuldade financeira é uma só”. Geferson encerrou sua fala afirmando que “dentro das condições financeiras em que o Estado se encontra a proposta [apresentada pelo governo] é boa”.

 

Greve 

Após a reunião, os sindicatos conversaram a portas fechadas e logo em seguida falaram que estão prontos para deflagrar greve entre as categorias. O presidente do Sintras, Manoel Pereira disse que “a saúde volta à greve de novo se o governo não cumprir com o acordo que ele assinou. Ele ta vinculando data-base com progressão, o que não tem nada a ver”.

 

Manoel disse que entende que os representantes dos sindicatos já fizeram o que tinha que ser feito como negociadores “e agora a base deve decidir o que querem, se quer greve, paralisação ou movimento”. Ele afirmou ainda que os sindicatos estão prontos para negociar, e culpou o governo pelo impasse.

 

“Nós vamos reagir. Calados ou reclamando nós vamos reagir. Vocês [governo] estão colocando nas mãos da gente uma responsabilidade que não é nossa”, disse Manoel Miranda.

 

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