Governo teme confronto entre Polícias Civil e Militar e pede 'bom senso'

A preocupação foi manifestada em nota oficial enviada à imprensa. O Governo pede que os grevistas não impeçam a entrada dos militares nos presídios do estado

O Governo do Estado teme que haja confronto entre as Polícias Civil e Militar neste fim de semana durante o cumprimento da decisão judicial que determinou que a PM entre nas unidades prisionais e garanta o retorno das visitas aos presos.

 

A preocupação foi anunciada por meio de nota oficial da Secretaria de Comunicação Social (Secom) enviada à imprensa ainda na noite de ontem, sexta-feira, 13. Na nota o Governo “faz um apelo ao bom senso e a civilidade dos policiais civis em greve para que não impeçam a entrada da Polícia Militar nos presídios”.

 

Também consta que “o apelo se faz necessário para que se evite qualquer tipo de agressão ou confronto que possa resultar em feridos ou mortes tanto entre os detentos e seus familiares como entre os policiais civis e militares”.

 

Diferente do que estava sendo informado anteriormente, de que o Estado estava aberto ao diálogo, a nota diz que as negociações serão retomadas após os grevistas retomarem suas atividades. O retorno imediato dos policiais civis às suas funções de origem foi determinado ontem, em Portaria conjunta entre a SSP e a Seds, que também determina a devolução das armas confiadas a esses servidores para o exercício de suas atividades.

 

Confira abaixo a íntegra da nota do Governo do Estado:

 

NOTA À IMPRENSA

O Governo do Estado faz um apelo ao bom senso e a civilidade dos policiais civis em greve para que não impeçam a entrada da Polícia Militar nos presídios do estado, em especial na Casa de Prisão Provisória de Palmas, para garantir o direito dos presos de receberem a visita de seus familiares neste fim de semana.

 

Policiais militares vão resguardar o direito dos detentos, em função da resistência dos grevistas em cumprir determinação judicial que considerou a greve da Polícia Civil ilegal e determinou o imediato retorno às atividades, o que não ocorreu.

 

Em reunião nesta tarde, a Polícia Militar, a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria de Segurança Pública manifestaram aos representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Juizado de Execuções Penais e Comissões Carcerária e dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, preocupação com a possibilidade de confronto na unidade prisional de Palmas em função da informação de que parte do movimento grevista está incitando os colegas para impor resistência à ação da Policia Militar.

 

O apelo se faz necessário para que se evite qualquer tipo de agressão ou confronto que possa resultar em feridos ou mortes tanto entre os detentos e seus familiares como entre os policiais civis e militares.

 

O Governo do Estado reitera a disposição de retomar as negociações com os policiais civis assim que os mesmos retomarem suas atividades.

 

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