Igeprev nega desaparecimento de R$ 105 milhões: diretor foi exonerado

Instituto divulga nota se posicionando em relação aos fatos e afirma que Governo do TO já sabia das aplicações temerárias, tendo até assinado um TAC. Providências foram tomadas para agilizar TAC...

Órgão diz que Governo já sabia das aplicações
Descrição: Órgão diz que Governo já sabia das aplicações Crédito: Ascom

O Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) divulgou nota a respeito das denúncias de fraudes em aplicações do órgão, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal. Segundo o Igeprev, o Governo do Estado tomou conhecimento das aplicações temerárias em maio de 2012 e logo, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o Ministério da Previdência Social e com a Advocacia Geral da União.

Segundo a nota "de maio até o presente momento, não há nenhuma ação do Igeprev que não tenha o conhecimento do Ministério da Previdência Social".

Confira posicionamento do Igeprev na íntegra: 

NOTA À IMPRENSA

Sobre as notícias veiculadas a respeito do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev), o Instituto tem a esclarecer o seguinte:

O governo do Estado tomou conhecimento em maio de 2012 de aplicações temerárias com recursos do Igeprev. No dia 21 de maio do referido ano foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério da Previdência Social e com a Advocacia Geral da União. Na ocasião, constataram-se aplicações desenquadradas em 14 fundos de investimentos. Considerando que o TAC estabelecia o prazo de 120 dias para o reenquadramento dos investimentos, foi firmado um novo TAC, em 6 de dezembro, para dar continuidade às medidas de reestruturação. Estas medidas resultaram no reenquadramento de 11 dos 14 investimentos em condições irregulares.

Desde maio de 2012, o Igeprev apresenta ao Ministério da Previdência Social, a cada dois meses, um relatório detalhado de todas as ações realizadas para atender às exigências dos TACs. De maio até o presente momento, não há nenhuma ação do Igeprev que não tenha o conhecimento do Ministério da Previdência Social.

Para agilizar o cumprimento dos TACs, baseado no Relatório de Auditoria Específica do Ministério da Previdência Social, de 20 de setembro de 2013, o Governo do Estado adotou as seguintes providências: 

1.    Designar Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira para presidir o instituto no lugar de Rogério Villas Boas;

2.    Cancelar todo e qualquer resgate de investimentos do Igeprev;

3.    Realizar a contratação de empresa especializada para realização de auditoria independente em todos os âmbitos do Igeprev, especialmente no setor de investimentos;

4.    Apurar a responsabilidade funcional pelos desenquadramentos relacionados nos Termos de Ajustamento de Conduta, por possíveis prejuízos causados e pelo não cumprimento da meta atuarial estabelecida na Política Anual de Investimentos do Igeprev;

5.    Aplicação de recursos do Igeprev exclusivamente em banco de risco soberano e/ou bancos devidamente ranqueados por agências internacionais de classificação de risco;

6.    Contratação de banco de risco soberano e/ou banco de primeira linha devidamente ranqueado para administração da carteira de investimentos do Igeprev.

É decisão do governo do estado ao Igeprev para que sejam tomadas todas as medidas necessárias ao adequado cumprimento das cláusulas do TAC.

Ao contrário do que foi veiculado na imprensa, o montante de R$ 105.665.804,82 não desapareceu, pois se encontra aplicado no Fundo de investimento Onix Renda Fixa. 

Diretor de investimentos exonerado

Foi publicado no Diário Oficial do Estado do Tocantins desta quinta-feira, 4, a exoneração de Edson Santana Matos, diretor de investimentos do Igeprev. O diretor seria um dos envolvidos nas denúncias investigadas pela Operação Miqueias. De acordo com informações preliminares o diretor seria o apontado pela investigação da Polícia Federal como "professor".

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