A Justiça manteve a prisão de Luciano de Carvalho Rocha, primo do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), e que foi preso na manhã desta terça-feira, 1º, durante a Operação Urutau. O juiz federal João Paulo Abe manteve a prisão temporária do investigado por entender que ele, supostamente, colabora com atos de lavagem de dinheiro e que controla uma empresa em nome de um suposto laranja da família Miranda.
Junto com Rocha, foram presos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça, Guilherme Costa de Oliveira e Kamile Oliveira Salles, esposa do primo de Marcelo Miranda. Os dois foram liberados após passarem pela audiência de custódia, na Justiça Federal, em Palmas. O juiz federal João Paulo Abe justiticou que os investigados prestaram todos os esclarecimentos necessários. No caso de Kamile Oliveira Salles, ela também possui dois filhos menores de idade.
Entenda o caso
Luciano Carvalho da Rocha, filho de ex-controlador-geral do Estado, Luiz Antônio da Rocha, foi preso na manhã desta terça-feira, 1º, em Palmas. Ele é alvo da Operação Urutau, que teve início com o desdobramento da “Reis do Gado”, deflagrada em novembro de 2016.
Além do primo do ex-governador, sua esposa e Guilherme Costa de Oliveira, usado como suposto "laranja" por Luciano, foram detidas após a Polícia Federal cumprir, com aproximadamente 15 policiais, quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, todos expedidos pela 4ª Vara Federal da Capital.
Nos mandados de busca e apreensão, a PF procurou documentos, arquivos em mídia, HDs, laptops, pen drives, smartphones, arquivos eletrônicos, de qualquer espécie, agendas manuscritas ou eletrônicas e valores em espécie ou bens de alto valor, na sede da empresa Construarte Construtora.
Conforme a PF, a empresa era usada para a prática dos crimes de lavagem de capitais, peculato, corrupção passiva e associação criminosa. O valor total dos contratos públicos ligados a empresa pode ultrapassar R$ 50 milhões.
Reis do Gado
A Operação Reis do Gado, deflagrada em 2016, já havia levado para depor sete membros da família Miranda. Entre eles, Luciano Carvalho e o seu pai. O irmão do governador, José Edmar Brito Miranda Júnior, era visto como um dos mentores do esquema que teria desviado R$200 milhões por meio de fraude em licitações no Governo do Estado, corrupção e lavagem de dinheiro. O método usado, do qual deu origem ao nome da operação, era lavar dinheiro através da compra de fazendas e gados no Pará.
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