O juiz Francisco Vieira Filho, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, decretou no último dia 6 o afastamento do delegado Manoel Laeldo dos Santos Nascimento de suas funções na Delegacia de Homicídios de Araguaína. O servidor responde a processo por corrupção passiva, ocultação de capitais e associação criminosa e é investigado por supostamente extorquir familiares de uma vítima de homicídio para prosseguir com as investigações.
O delegado foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por supostamente receber R$ 65 mil para investigar o assassinato de um empresário, ocorrido em 2012, em Araguaína. O juiz aponta que "há provas de materialidade e indícios suficientes da autoria dos delitos imputados" e afirma que “é inviável ao denunciado permanecer presidindo inquéritos policiais no curso desta ação penal”.
Conforme a decisão, a investigação apontou que Manoel Laeldo teria usado do cargo de delegado para pedir dinheiro aos familiares do empresário Vagner Carlos Santana Milhomem, assassinado em 2012, como condição para se empenhar na investigação da morte da vítima, e essa quantia teria sido repassada para a conta da esposa do delegado, por transferências de contas correntes de parentes de Vagner, feitas em parcelas de R$ 30 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil, até o total de R$ 65 mil.
A decisão determinou que o delegado está proibido de manter qualquer tipo de contato com as vítimas e ainda ordenou a suspensão da função pública de delegado da Polícia Civil do Tocantins até o final da ação.
Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), por meio da Corregedoria de Polícia Judiciária Civil, informou que o caso envolvendo o delegado de Polícia Civil Manoel Laeldo já se encontra em fase processual-penal. “A SSP esclarece também que, no tocante ao aspecto disciplinar, a corregedoria está tomando as providências de tramitação do devido processo administrativo, tudo em conformidade com o que dispõe o estatuto da Polícia Civil”. O T1 Notícias está tentando contato, por telefone, com o delegado, para que ele se posicione sobre a decisão da Justiça, caso queira. O T1 reforça que o espaço continua aberto para esclarecimentos.
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