Justiça bloqueia contas de Marcelo Miranda, sua ex-vice, MDB e de Brito Miranda

Advogado de Marcelo diz que não conhece a decisão; defesa de Cláudia Lelis informou que vai recorrer, pois tem como provar a origem do dinheiro encontrado nas contas da deputada

Marcelo está preso por suspeita de desvio de recursos públicos
Descrição: Marcelo está preso por suspeita de desvio de recursos públicos Crédito: Da Web

A Justiça Federal determinou um novo bloqueio de bens do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), de sua ex-vice Cláudia Lelis (PV) e do Diretório Regional do MDB no Tocantins. Foram encontrados R$ 16,00 na conta de Marcelo Miranda e R$ 14,68 na conta do pai dele, José Edmar Brito. Já nas contas de Cláudia foram bloqueados R$ 7.798,59 e do Diretório Estadual do MDB Tocantins, do qual Marcelo é presidente, R$ 23.657,37. A decisão diz respeito a uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF), que pede o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos devido a realização da eleição suplementar para o Governo do Estado do Tocantins, em 2018.

 

Na ação, o MPF alega que a cassação dos mandatos de Marcelo Miranda e Cláudia Lelis, em 2018, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gerou um prejuízo milionário para a União. O TSE reconheceu que nas eleições de 2014 houve a "prática do caixa dois e do abuso do poder econômico por meio da arrecadação ilícita de recursos, supostamente utilizados na campanha eleitoral", fato que levou à cassação do então governador e sua vice.

 

Sobre a decisão no âmbito do processo de cassação de Marcelo Miranda e Cláudia Lelis, Jair informou que não tomou conhecimento do fato por isso não comentaria.

 

O advogado da deputada estadual Cláudia Lelis, Solano Donato, informou que a Justiça Federal já havia proferido decisão neste sentido no passado e na ocasião ficou provado que o dinheiro encontrado na conta da deputada era oriundo de seu salário de parlamentar e verbas indenizatórias. Ele disse ainda que está aguardando documentos da Assembleia para peticionar o pedido de desbloqueio do valor, pois sabe exatamente a origem do dinheiro que está na conta.   

 

Operação 12º Trabalho

 

Marcelo Miranda e o irmão José Edimar Brito Miranda Júnior seguem presos após cumprimento de mandados de prisão da Operação 12º Trabalho, quando o pai dele também foi preso. Os três são apontados como parte de uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos. Em função da idade (85 anos) e sua formação de advogado, Brito Miranda teve direito ao pagamento da fiança, no valor de R$ 200 mil, para responder ao processo fora da prisão.

 

O advogado de defesa dos irmãos Marcelo e Júnior, Jair Farias, informou que ainda esta semana ingressará com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal.

 

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