Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 13, o comandante geral da Polícia Militar (PM), Coronel Glauber de Oliveira Santos, anunciou que os militares receberam uma decisão judicial para entrar nos presídios do Estado neste fim de semana e garantir os direitos dos detentos, como o retorno das visitas de familiares e advogados, além de outros tipos de assistência, mantendo a segurança e a integridade física dos presos e dos visitantes.
Também estavam presentes na coletiva representantes da Defensoria Pública do Estado (DPE), Tribunal de Justiça (TJ), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público (MPE) e da Defesa e Proteção Social (Seds). Além de comunicar a determinações judicial, eles falaram dos motivos que levaram à Portaria Conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Seds, que determina o retorno imediato dos grevistas às suas funções de origem e, em caso de descumprimento, a devolução das armas no prazo de 24 horas.
A reunião entre os representantes do órgão se deu principalmente pela preocupação com uma possível reação dos grevistas. A tensão em torno de um possível confronto foi abordada na fala da maioria dos interlocutores. “Sem entrar no mérito da questão, mas sim na questão de evitar um confronto no cumprimento da decisão judicial, entre as duas polícias. Porque as duas tem o mesmo interesse, tem a mesma finalidade, que é defender a sociedade”, ponderou o comandante da PM, Coronel Glauber de Oliveira.
O representante da Defensoria na reunião, o defensor público criminal Danilo Frasseto Michelini, destacou o trabalho do órgão em orientar e tentar tranquilizar as famílias dos presos e afirmou que membros da DPE estarão de plantão nesse fim de semana para reforçar esse apoio.
Lembrado em vários momentos durante a coletiva, o objetivo é reestabeler a ordem dentro das unidades prisionais e que os presos tenham novamente seus direitos e assistências respeitados, mas o Comando da PM reforçou também que trabalhará para que não haja confronto.
“Estamos aqui no intuito principal de conciliação, de tentar buscar uma solução pacifica para o que está se avizinhando na manhã de amanhã, onde existe uma ordem judicial para que se cumpra uma determinação para que a ordem do Estado seja reestabelecia”, reinteirou o defensor Danilo Frasseto. Ele alertou para a possibilidade de, numa revolta interna, os presos realizarem alguma rebelião. “Estamos tentando sensibilizar os componentes do comando de greve sobre o agravamento da situação”, disse Danilo.
O comando de greve da Polícia Civil foi convidado, pelos representantes dos órgãos a participar de uma reunião neste sábado, 14, na sede da OAB para se tentar chegar a um acordo.
Comentários (0)