A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço de Aprendizagem Rural (Senar), senadora Kátia Abreu (PMDB) falou em coletiva de imprensa na sede do CNA em Palmas, na manhã desta sexta-feira, 13, sobre o agronegócio tocantinense, balanço e expectativas da área para 2014, política e o caso Igeprev.
Katia Abreu criticou a gestão do governador Siqueira Campos (PSDB) e falou do rompimento com ele: “chegou a um ponto de esgotamento que não deu mais. Eu fiz a minha parte, mas não posso concordar com determinadas situações. Eu não posso aceitar um governo onde outra pessoa governa. Não posso concordar”, afirmou.
A senadora falou do escândalo do Igeprev e que, após audiência na Comissão, foi até a Delegacia tomar as medidas anunciadas, abriu representação contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que não compareceu à audiência. Katia Abreu afirmou que foi clara a tentativa de esvaziamento na audiência do Igeprev, que tentaram até impedir a sua realização, “coisas que eu nunca tinha visto no Senado”, mas que “a Polícia Federal é que vai dizer com os telefonemas, as quebras de sigilo e o caderninho do doleiro se houve conluio. Não vai sobrar pedra sobre pedra”.
Kátia Abreu pontuou que sabe da dificuldade da máquina pública, mas que aqui no Tocantins, “as coisas estão exageradas”, afirmou. Para ela, os tocantinenses não devem depender dos empregos do Governo, “que nunca faz concurso e quando faz, não chama. Queremos independência”.
PMDB
Ao T1 Notícias, a senadora falou também sobre o fim da crise interna do PMDB, “mesmo porque foi consolidado na executiva nacional do PMDB que a candidatura ao governo é Marcelo Miranda e senadora Kátia Abreu. O diretório vai poder fazer seu trabalho aqui no Estado, mas a candidaturas ano que vem já estão consolidadas".
Sobre a força do grupo, a senadora disse que “o próprio governo tem ajudado a oposição ao estar inoperante e com muita dificuldade”.
Agro no Tocantins
Dados como o Produto Interno Bruto (PIB), que deve fechar 2013 com crescimento médio de 11,5%, com produção de quase 3 mil toneladas este ano, foram divulgados em coletiva. Ano passado, o número foi de pouco mais de 2 mil e 600 toneladas.
A senadora falou na Faculdade Senar, que vai oferecer cursos na área agropecuária em todo Brasil. “No Tocantins, queremos fazer cinco salas inicialmente para atender os alunos para aulas presenciais e para as provas. Não vamos concorrer com universidade nenhuma, os nossos cursos são todos na área da agropecuária brasileira”, disse.
No Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) a senadora anunciou que estão previstas 28 mil vagas para o Tocantins em 2014. Uma novidade é o projeto de padronização das exposições agropecuárias do Estado. “As feiras agropecuárias vão mudar o seu visual e o seu conteúdo. Nós queremos manter sim a festa popular, vai ter o rodeio, o show, o restaurante, as barracas populares, mas nós queremos fazer negócios e vender de tudo, tratores, animais. O Tocantins vai ter uma surpresa muito agradável com as novas feiras agropecuárias”, garantiu.
A senadora informou que acompanhará um grupo de uma churrascaria tocantinense à China para tratar de negócios: “O que eu quero são vitrines dos produtos do Brasil na China". Também falou sobre a utilização do modelo de cooperativismo do Paraná no Tocantins. “Vamos experimentar esse modelo no nosso polo de ovinos e caprinos que vai ter sede em Aliança do Tocantins”, anunciou.
A senadora entregou 20 caçambas para serem utilizadas nas estradas vicinais dos 20 municípios contemplados com os veículos. “Esses são para serem usados nas estradas vicinais, que vão melhorar o escoamento da produção”, disse.
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