Mais de 370 mulheres deram entrada nas unidades prisionais do Estado; 67% por tráfico

66% delas se declaram pardas, 16% pretas, 15% brancas, 2% indígenas e 1% amarela. Já na escolaridade, mais de 45% não passaram do ensino fundamental.

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Desde o início deste ano, 371 mulheres se tornaram reeducandas nas unidades prisionais do Estado. Em uma das maiores unidades do estado, a diretora da Unidade Prisional Feminina (UPF) de Palmas, Cristiane Oliveira, destacou que na capital há, atualmente, 69 mulheres recolhidas.

 

“A maior parte são incidentes nos crimes por tráfico de drogas, e geralmente tem alguma ligação com parceiros e homens ligados ao mundo do crime. Existe uma alienação também emocional”, disse.

 

De acordo com o 1º Censo Carcerário Feminino do Tocantins, realizado por meio do projeto de extensão desenvolvido pela Fasec (Faculdade Serra do Carmo) com apoio da Seciju, o perfil criminal das entrevistadas apontou que 67% estão privadas de liberdade pelo crime de tráfico de drogas, 14% por homicídio, 7% associação ao tráfico, 7% roubo e 5% furto. Das 170 mulheres que participaram da pesquisa, 100 são presas condenadas e 70 provisórias.

 

Em relação ao perfil étnico, 66% delas se declaram pardas, 16% pretas, 15% brancas, 2% indígenas e 1% amarela. Já na escolaridade, mais de 45% não passaram do ensino fundamental; 21% não concluiu o ensino médio contra 16% que finalizou; 5% entraram na universidade e apenas 1% recebeu diploma de graduação.

 

Os dados foram colhidos nas seis unidades femininas prisionais do Estado, sendo cinco de regime fechado e uma de regime semiaberto. 190 mulheres privadas de liberdade foram recenseadas.

 

O conteúdo completo do 1º Censo Carcerário Feminino do Tocantins pode ser acessado aqui.

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