Marla Cristina Barbosa, ex-namorada do médico Álvaro Ferreira da Silva, que é acusado de matar a professora Danielle Grohs, fez denúncias graves contra ele, incluindo relato de agressão física, em entrevista exclusiva ao Portal T1 Notícias, na tarde desta sexta-feira, 27.
A servidora pública federal garante que não tem envolvimento no crime de homicídio e afirma que o Ministério Público Estadual (MPE) fez justiça ao não apresentar denúncia contra ela. O advogado de defesa, Paulo Roberto, diz que não foram encontradas provas contra sua cliente e reforça: "a Justiça foi feita (...) o MPE reconheceu a não participação dela e a arrolou apenas como testemunha pela acusação".
O T1 confirmou junto ao MPE que Marla Cristina não foi denunciada à Justiça neste momento, apenas o médico, e que a ex-namorada de Álvaro é testemunha no caso. Entretanto, não descartou a possibilidade de ela voltar a ser considerada suspeita, a depender do desenrolar do processo.
Relacionamento com o médico
Marla Cristina disse ao T1 que teve um breve relacionamento com o médico Álvaro Ferreira, que acabou em outubro de 2017, após ele a agredir fisicamente em Campinas - SP. "Tem a ocorrência registrada, ele me agrediu", conta. A assistente social informou que acabou o namoro depois do episódio, mas continuava a ter contato com o médico "como amiga, por sentir pena dele". Ela continua: "ele me pediu mil desculpas depois da agressão, já em Palmas. Depois falou da suspeita de doença e eu me sensibilizei. Tinha dó dele. Depois de Campinas falei que não queria mais".
O crime
"Eu jamais o ajudei a fugir ou a se esconder. Nós viajamos no dia do crime, como amigos. Viajamos às 8 horas da manhã e quando foi às 22 horas ele me deu a notícia. Eu fiquei muito ruim e ele não esboçou reação nenhuma", conta ao ser questionada sobre sua suposta participação no crime.
A ex-namorada ainda relatou que o convite para viajar de férias para Morro de São Paulo, em Salvador – BA, partiu de Álvaro e que ela aceitou como amiga, por querer ajudar, segundo ela, uma pessoa que era muito doente fisicamente e havia relatado uma suspeita de câncer. "Meu coração falou mais (...) e eu queria ajudar (sic)".
De acordo com Marla Cristina "a ficha caiu depois que eu cheguei a Palmas". Ela relata que só teve conhecimento da situação ao ver depoimentos e relatos sobre o médico, no caso da morte da professora Danielle Grohs e de um processo da primeira ex-mulher do réu.
A ex-namorada também relata sofrer ameaças indiretas do médico. "Ele tem me ameaçado através de terceiros, mandando recado (...) eu me sinto ameaçada, principalmente agora, que não fui denunciada e me tornei testemunha no processo", disse.
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