Pais não conseguem matrícula por não provar que filhos são de escola pública

Pais alegam que filhos podem perder matrícula no IFTO porque a Seduc não comprova que escolas mantidas pelo Estado são públicas.

Pais de alunos de estudam em cinco escolas de Gurupi  e de diversas outras cidades do Estado não estão conseguindo matricular seus filhos dentro do sistema de cotas do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO).

 

De acordo com Arliy Leite Ribeiro – pai de um dos alunos – a situação acontece porque cinco escolas de Gurupi, mantidas pelo Estado, não conseguem provar que são públicas. “Estamos desesperados porque nossos filhos correm o risco de perder a vaga no ensino superior por falta da comprovação que estudaram em escola pública”, argumentou Arliy.

 

Segundo o pai, as escolas Educandário Evangélico Ebenezer, Colégio Positivo, Bernardo Sayão, Presbiteriano Bezerra de Meneses, são mantidos pelo Governo do Estado que paga seus professores e funcionários e utiliza toda sua documentação junto ao Ministério da Educação como sendo escolas públicas, mas não emitem documento que garanta a matrícula do IFTO.

 

Erly Leite Ribeiro informou também que os pais já procuraram a Delegacia Regional de Ensino em busca de um posicionamento, mas que o problema continua. “Nós  fizemos um grande esforço para dar uma boa educação para nossos filhos e agora, no momento deles ingressarem no ensino superior enfrentam uma situação destas que provoca abalos não apenas neles como em toda a família”, argumentou Arly. De acordo com ele, as famílias vão procurar o Ministério Público para garantir o direito de seus filhos.

 

Parecer

De acordo com Parecer emitido pelo Gerente de Ensino do IFTO em Gurupi, Marcelo Alves Terra, se no momento da matrícula os alunos optaram pela cota dos que cursaram integralmente o ensino fundamental em escola pública, há a necessidade da comprovação deste estudo no ensino público.

 

Em declaração entregue aos pais, a Diretoria Regional de Ensino de Gurupi afirma que a escola  Bezerra de Meneses assume “aporte de escola pública não cobrando mensalidade dos alunos, em conformidade com as políticas educacionais do Tocantins”.

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