Policiais conseguem liberação da BR-153, mas caminhoneiros voltam a interditar

Houve confrontos na noite de terça-feira entre policiais Rodoviários Federais e caminhoneiros na BR-153. Nesta manhã de quarta a rodovia foi liberada, mas manifestantes fecharam o trecho novamente

Polícia esteve no local na manhã desta quarta
Descrição: Polícia esteve no local na manhã desta quarta Crédito: Ricardo Fernandes

A Polícia Rodoviária Federal enviou nota na manhã desta quarta-feira, 11, informando que o trânsito na BR-153, no município de Colinas do Tocantins, havia sido liberado e já estava fluindo normalmente, porém no final da manhã um grupo de manifestantes que permanecia no local conseguiu interditar novamente a rodovia.

 

Por meio de nota a PRF informou ao T1 que a BR-153 voltou a ser bloqueada por volta das 10h40, no km 242, no município de Colinas. O policiamento no local será reforçado para liberação da pista e continua a recomendação para que os caminhoneiros aguardem nos postos de combustíveis. Ainda segundo a PRF, os manifestantes também atearam fogo em pneus nesta manhã para reiniciar o bloqueio na pista.

 

Policiais militares e caminhoneiros se envolveram em confronto na noite desta terça-feira, 10, em Colinas. A Força de Choque da Polícia Militar chegou ao local para desobstruir a rodovia bloqueada. Por meio de nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que “a PRF junto com apoio da PM e sua Força de Choque, trabalhou para garantir a livre circulação no Km 242 da BR 153. Durante a noite pedras foram atiradas nos policiais e nos caminhões, o que acabou deixando um agente da PRF ferido, ao ser atingido por pedrada na testa. O agente passa bem, porém vários caminhões tiveram suas mangueiras de combustível e de ar danificados”.

 

Os policiais informaram que rebateram as pedradas com gases de efeito moral, e segundo os caminhoneiros balas de borracha também foram utilizadas.

 

Os caminhoneiros realizam o protesto desde a madrugada da última segunda-feira, 9, bloqueando a rodovia. A passagem estava sendo liberada somente para ambulâncias, carros e ônibus. O ato seguia a mobilização nacional.

 

Na BR-242, entre Taguatinga e Luiz Eduardo Magalhães cerca de 50 caminhões também fazem o bloqueio.

 

Por meio de nota enviada nesta quarta, o Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins informou que “não tem participação nem apoia os atuais protestos realizados por uma parcela de caminhoneiros nas rodovias tocantinense e brasileiras”. O Sindicato ainda afirma que “uma lista de reivindicação consistente não foi apresentada pelos manifestantes. Seu principal objetivo, os protestos contra o Governo, não faz parte da nossa competência, tão pouco é mais importante pauta para a classe transportadora. Esclarecemos, em fim, que devido ao forte teor político, as manifestações não contam com apoio da maioria das entidades representativas dos caminhoneiros do Brasil”.

 

Confira na íntegra a nota:

O Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins – Sindcam-TO vem esclarecer ao público que não tem participação nem apoia os atuais protestos realizados por uma parcela de caminhoneiros nas rodovias tocantinense e brasileiras. Sabemos que o Transporte de Carga é ferramenta e peça importante para o desenvolvimento e o progresso do País. Sabemos também que a categoria vem passando por muitas dificuldades; entretanto, não concordamos com o movimento, pois se assim fizéssemos, nos tornaríamos objeto de manobra de uma pauta que foge da nossa alçada e que entendemos não ser conveniente para o momento que vivi o País. Lembramos que uma lista de reivindicação consistente não foi apresentada pelos manifestantes. Seu principal objetivo, os protestos contra o Governo, não faz parte da nossa competência, tão pouco é mais importante pauta para a classe transportadora. Esclarecemos, em fim, que devido ao forte teor político, as manifestações não contam com apoio da maioria das entidades representativas dos caminhoneiros do Brasil, como Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, União Nacional dos Caminhoneiros, Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Bens do Estado de São Paulo, entre outras entidades.

 

(Atualizada às 11h29)

 

 

 

 

Comentários (0)