Renúncia coletiva na Assemp repercute: presidente reage e afastados repudiam nota

A troca de acusações e o clima de instabilidade na instituição se tornou uma situação conhecida publicamente e se arrasta desde o ano passado.

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Após a divulgação da renúncia coletiva de membros da Associação dos Servidores Municipais de Palmas (Assemp), nesta sexta-feira, 29, foi publicada nota no site da entidade, assinada pelo presidente, Cleison Almeida Nunes, lamentando o pedido de afastamento de seis dos vinte servidores da Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo.

 

No comunicado, o presidente diz que “com pesar” será dado prosseguimento aos trâmites legais, referindo-se ao desligamento coletivo. Cleison Nunes acrescenta ainda que “os planos de atuação conjunta se perderam quando houve a total ausência deste grupo, desde julho de 2018, ocasião em que deixaram, por conta própria, de prestar quaisquer serviços na Assemp”.

 

A reação do referido grupo à declaração veio em seguida, quando, em nota de repúdio enviada à imprensa, classificou a fala do presidente como uma “inverdade corriqueira”, sob alegação de que “depois do início da gestão, esse senhor (Cleison Nunes) usou da prerrogativa do cargo de Presidente para menosprezar aos ideais coletivos e à gestão compartilhada”.

 

A troca de acusações e o clima de instabilidade na instituição se tornou uma situação conhecida publicamente e se arrasta desde o ano passado. Em setembro de 2018, servidores da diretoria convocaram assembleia geral para votar a destituição do atual presidente por "irregularidades e ilicitudes" praticadas na associação que estariam "lesando o patrimônio".

 

Na ocasião, Cleison Nunes afirmou que os servidores que realizaram as denúncias agiram “munidos apenas de interesses pessoais e luta insana pelo poder”. À época, o Conselho Fiscal da Assemp divulgou que iria apurar denúncias recebidas contra o presidente e a ele foi dado prazo de 15 dias para que convocasse Assembleia Geral e esclarecesse aos associados informações de sua gestão. 

 

No entanto, sete meses depois do ocorrido, a sangria do conflito interno parece não ter sido contida e cada lado mantém convictas suas respectivas versões. 

 

Os servidores que renunciaram ao cargo (Rosiney Coelho Dantas de Sousa -  1ª Secretária da Diretoria Executiva; Irlandia Maria Ibiapino Alves - 2ª Tesoureira da Diretoria Executiva; Zeli de Vogarins de Moura - 2ª Suplente da Diretoria Executiva; Juni Cleiton Guedes de Oliveira - Vice-Presidente do Conselho Deliberativo; Helvecio Pericles Cavalcante - Secretário do Conselho Deliberativo; e Samia Carvalho Mamede - 2º Suplente do Conselho Deliberativo) em decisão coletiva protocolada na última quarta-feira, 27, justificaram o ato pelo descontentamento em relação ao modo de gerir do presidente da Assemp e de outros membros que compartilham, segundo relataram, “da gestão unilateral, sem transparência, sem o cumprimento fiel do Estatuto Social da ASSEMP”.

 

No capítulo desta sexta-feira, conforme palavras do presidente da associação ao pontuar o que parece ser o encerramento da antiga divergência, ele finaliza o texto da nota “rogando que agora, ausentando-se da responsabilidade da diretoria na associação, o grupo desistente encontre paz e torça pela Assemp, pelo bom andamento de todos os trabalhos que nós, diretores ativos e persistentes, continuamos mantendo".

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