Secretaria da Saúde descarta suspeita de Coronavírus em alemão; exame deu H1N1

Informações foram repassadas em coletiva de imprensa nesta segunda

Coletiva ocorreu no auditório da SES
Descrição: Coletiva ocorreu no auditório da SES Crédito: André Araújo/Governo do Tocantins

Conforme o T1 Notícias havia informado no sábado, 1º de fevereiro, o alemão que está internado no Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN) está com H1N1. Na tarde desta segunda-feira, 3, o secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, descartou a suspeita de Coronavírus durante coletiva de imprensa em Palmas.

 

O quadro clínico do paciente apresentou melhora desde sua internação na sexta-feira, 31 de janeiro, e os resultados de exames realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen) confirmaram a presença do vírus Influenza A, H1N1, que assim como o Coronavírus, causa Síndrome Respiratória Aguda.

 

O secretário recebeu a imprensa para esclarecer sobre o Plano de Assistência Emergencial Epidemiológica desenvolvido pela equipe técnica da pasta, visando o possível manejo de pacientes infectados por Coronavírus, no Tocantins.

 

Segundo o gestor, logo que houve a suspeita do primeiro caso em território nacional, uma equipe da Vigilância em Saúde reuniu-se com as demais áreas afins para que fosse traçado um plano de forma coordenada e articulada, a fim de proporcionar um diagnóstico e tratamento célere e adequado a cada caso. “Reunimos as áreas técnicas e definimos o HGP [Hospital Geral de Palmas] como a unidade a ser referência para os casos, com 14 leitos de internação e três de UCI [Unidade de Cuidados Intermediários]”, relatou.

 

Edgar Tollini reforçou que não há motivos para alarde. “Somos um dos cinco estados brasileiros a ter este plano, antes mesmo de sermos acionados pelo Ministério da Saúde. Estaremos esta semana, em Brasília, para as orientações gerais, além de fazermos as reivindicações pertinentes ao trabalho, necessárias para as atividades voltadas aos possíveis pacientes”, enfatizou.

 

 

Influenza

 

Após as primeiras semanas do anúncio do Coronavirus na China, diversos casos de suspeita de contaminação da doença foram relatados também no Brasil. Com as análises, porém, alguns dos pacientes foram diagnosticados com Influenza do tipo B. A confusão pode ocorrer, pois os sintomas do Coronavírus são muito parecidos com o de uma gripe, que podem causar casos graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

 

Entre as precauções que devem ser tomadas para evitar a gripe, a vacinação é a mais eficiente. Atualmente o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, realiza uma campanha de vacinação pública contra gripe que utiliza a vacina trivalente. O produto imuniza contra três tipos do vírus influenza, duas cepas do tipo A e uma do tipo B, deixando a segunda cepa B de fora da cobertura, o que pode levar ao contágio no caso desta cepa estar circulando.

 

Já a vacina quadrivalente (duas cepas A e duas B), oferece uma proteção ampliada, pois contém uma cepa B adicional, imunizando contra quatro tipos de vírus. A definição dos vírus que farão parte da vacina é feita a partir de uma indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A circulação dos vírus da gripe pode mudar a cada ano. Por isso, uma vez ao ano, a OMS atualiza as recomendações sobre a composição da vacina contra os quatro tipos mais representativos em circulação.

 

“Além da proteção individual, a prevenção por meio da vacina é importante para evitar a transmissão do vírus da gripe entre as pessoas. No caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave, falamos de uma situação grave, que pode ocorrer com a infecção de qualquer um dos vírus influenza, independente da cepa, portanto proteger-se é fundamental”, afirma Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur.

 

Conhecida por seu potencial de gerar epidemias e pandemias, a gripe é uma infecção aguda causada pelo vírus influenza, que afeta o sistema respiratório e pode provocar complicações graves. Os anos com mais registros de gripe B foram 2013 e 2015, o primeiro com mais casos de SRAG nos últimos 10 anos, e os grupos mais afetados foram mulheres e jovens adultos, sem diferença entre os grupos étnicos, independentemente da sua condição de risco2.

 

É importante lembrar que a vacina demora em torno de duas semanas para proteger quem foi imunizado e que, caso não seja tratada a tempo, a gripe pode, inclusive, levar à morte, principalmente populações consideradas de risco para as complicações dessa infecção.

 


 

 

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