A Delegacia de Costumes, Jogos e Diversões Públicas em Palmas conta com efetivo formado apenas por um agente e um delegado. Com isso, as investigações para apurar possíveis cassinos clandestinos ficam limitadas. De acordo com o diretor de Polícia Civil da Capital, Raimundo Claudio Batista, após o crime ocorrido na quadra 206 Sul, em uma casa de jogos, na manhã da última quarta-feira, 27, agentes de outras delegacias serão cedidos para auxiliar nas próximas operações.
Raimundo Cláudio explicou que os jogos de azar no País não são caracterizados como crime, mas como contravenção, o que faz com que as penas para quem promove essas atividades sejam multas e prisão simples. Ainda segundo o diretor, quem participa dessas contravenções pode pagar multas que variam de R$ 2 mil a R$ 200 mil.
“A nossa maior dificuldade é que só caracteriza uma casa de jogos ilegais quando pegamos em flagrante apostas com dinheiro. Geralmente essas casas não usam dinheiro e para que a gente entre é preciso uma medida judicial”, explicou o diretor de Polícia Civil. Em entrevista ao T1 nesta quinta-feira, 29, o delegado João Sérgio Kenupp, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa disse ainda que no local do crime na quadra 206 Sul, os jogadores não usam dinheiro, na maioria das vezes usam cheques pré-datados. “O jogo lá é tudo assim, na base do cheque, não roda dinheiro por lá. É apartamento, casa, carro, tanto que no bolso da vítima foram encontrados dois cheques pré-datados”, destacou.
“Nós temos o dever de combater essa atividade ilícita, que não vem a ser crime, mas uma contravenção, e isso a nossa delegacia de Costumes já está tomando essa iniciativa de levantar essas casas, mesmo com a dificuldade que temos com efetivo, estamos deslocando agentes de outras delegacias para ajudar nesse trabalho”, destacou Raimundo Cláudio.
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