Sinpol e deputada Luana Ribeiro se solidarizam com militar por sindicância

Alvo de uma sindicância por ter expressado descontentamento com os acontecimentos do Estado, o sargento Jenilson Alves recebeu o apoio da deputada Luana e do Sinpol pela liberdade de expressão.

O terceiro sargento Jenilson Alves de Cirqueira, que seria alvo de uma sindicância do comando da PM-TO, recebeu apoio da deputada Luana Ribeiro (PR) e do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), que enviaram nota à imprensa se solidarizando com o caso.

 

Na nota, os policiais lamentam a atitude tomada contra o sargento e rechaçam a ameaça de retirar as armas dos policiais civis. “Esperamos que, no mínimo, o guerreiro da PM e outros que vierem a sofrer tais ameaças tenham o amplo direito de defesa e, acima de tudo, não sejam punidos por ter a coragem, bravura de expressar aquilo que sentem na pele, a desvalorização de uma classe”, consta na nota.

 

Já a deputada Luana Ribeiro diz na nota que “está ao lado do militar, bem como da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros”. Para Luana, “ele estava apenas exercendo seu direito constitucional à liberdade de expressão”.

 

Confira as notas na íntegra:

Nota da Deputada Luana Ribeiro

A deputada estadual Luana Ribeiro (PR) é solidária ao 3º SGT QPPM Jenilson Alves de Cirqueira, que está sendo chamado pelo Comando Geral da Polícia Militar a ser interrogado em uma sindicância aberta na Corregedoria da PM por ter exercido o direito constitucional à liberdade de expressão.

A deputada Luana Ribeiro está ao lado do militar, bem como da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros pelo que segue:

- O sargento Jenilson Alves de Cirqueira estava numa audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, realizada no último dia 10 de março, atendendo a um convite oficial da Casa;

- Ele estava apenas exercendo seu direito constitucional à liberdade de expressão. Vale ressaltar que a Constituição da República  é soberana e revela hostilidade extrema a quaisquer práticas estatais tendentes a restringir ou a reprimir o legítimo exercício da liberdade de expressão e de comunicação de ideias e de pensamento. Este direito é assegurado a qualquer cidadão brasileiro que queira se expressar;

- Além disso, o sargento representava, na ocasião, sua categoria, que sofre com a truculência de um Governo que não aceita o contraditório.  No papel de presidente de Sindicato dos Policiais Militares, o sargento Jenilson Alves de Cirqueira não só tem direito como é seu dever representar sua classe e dar voz às suas reivindicações, ainda mais no plenário da Assembleia Legislativa, que é a caixa de ressonância da sociedade;

- Falta de respeito é o que o Governo do Tocantins tem demonstrado com as polícias civil e militar e com a sociedade quando não oferece condições de trabalho aos policiais, quando se recusa a dialogar com as categorias e quando não demonstra coerência com seu slogan de “moderno, democrático e humano”;

-  Por fim, a deputada Luana Ribeiro se junta às famílias dos policiais militares e protesta contra a postura ditatorial do Governo do Estado. “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da Justiça, porque deles é o reino dos céus” Mateus  5:10

 

Nota Sinpol

É com profunda lamentação, descrença e até mesmo tristeza que nós, servidores da Segurança Pública do Estado do Tocantins, deparamos com mais uma atitude truculenta, intimidatória e ameaçadora contra um servidor público deste Estado.

O alvo não é um policial civil que está conosco há 17 dias numa luta justa pelo simples CUMPRIMENTO DE UMA LEI. O alvo desta vez é um policial militar, um servidor como todos nós. O terceiro sargento Jenilson Alves de Cirqueira é alvo de uma sindicância do comando da PM-TO pelo fato de expressar seu descontentamento com os últimos acontecimentos no Estado. Trata-se, para nós servidores da SSP, uma atitude que visa intimidar, perseguir e coibir a liberdade de expressão, um direito conquistado democraticamente através de anos de luta em nosso país.

Nós, que orgulhosamente empunhamos a bandeira e levamos conosco no peito o brasão-símbolo da Polícia Civil do Tocantins, manifestamos nossa solidariedade a este membro da gloriosa Polícia Militar deste Estado. Que este e outros guerreiros que até o final deste movimento venham a ser alvo de atitudes truculentas como esta tenham tranquilidade e confiem na Justiça divina e na dos homens de bem.

Nós, enquanto representantes de uma categoria, iremos acompanhar e esperamos que, no mínimo, o guerreiro da PM e outros que vierem a sofrer tais ameaças tenham o amplo direito de defesa e, acima de tudo, não sejam punidos por ter a coragem, bravura de expressar aquilo que sentem na pele, a desvalorização de uma classe.

As queixas, lamentações do sargento Jenilson, como a de muitos outros que sofrem calados temendo represália, são, na verdade, desabafo de qualquer trabalhador deste País que acorda de manhã e antes de sair de casa dá e recebe o carinho de sua esposa, seus filhos, seus pais...

Entretanto, nós, da segurança pública, respeitosamente e sem desmerecer qualquer outra profissão digna e honrosa, saímos de casa sem a certeza do que virá, do que encontraremos nas ruas por atuar na defesa da paz social e segurança dos cidadãos.

Os comandantes e aqueles que dão as ordens para tais medidas e iniciativas como essa contra o guerreiro Jonilson deveriam ter consciência disso, pois a população do Tocantins tem em mente que o servidor da segurança precisa ser valorizado e atendido num único e simples pleito: CUMPRIMENTO DE UMA LEI.

Esta é mais uma medida que temos de lamentar profundamente, entre outras dos últimos dias. Ao contrário de sentar à mesa para negociar, o governo recorre à Justiça para intimidar os servidores. Ameaça retirar as armas dos servidores, que atuam na segurança e precisam delas para sua segurança e do cidadão.

Esperávamos que fossem apresentadas propostas justas e meios que possam resolver pacificamente a questão, não tentar colocar em rota de colisão os policiais civis com os valoros policiais militares, que são servidores do Estado como todos nós.

Esperávamos do Poder Executivo Estadual, que tem à frente hoje um gestor que ficou conhecido por empreender um governo "humano, moderno e democrático", diálogo. Que o gestor se lembre que isto não foi apenas um slogan, mas sim uma marca de seu governo, assimilada e que a população tocantinense acreditou. Tanto acreditou que lhe garantiu o direito de retornar ao segundo andar do Palácio Araguaia, porém, com esperança de reeditar esta marca, sintetizada no diálogo e que parece esquecida.

SinpolTO, AspetoTO, Aspol-TO, Agepol-TO, AANETO, Agepens-TO, AEPTO

 

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