TJ julga na quinta processos de juízes apontados na investigação sobre saques

Pleno do Tribunal de Justiça julga mandado contra aposentadoria compulsória de juíza apontada com integrante de quadrilha que fraudava alvarás para sacar em contas bancárias de clientes falecidos

O Mandado de Segurança impetrado pela juíza Maria Adelaide de Oliveira contra o processo administrativo que determinou sua aposentadoria compulsória está na pauta do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado para ser julgado nesta quinta feira, 4.

A juíza é acusada de envolvimento com a quadrilha investigada pela Operação Inconfidente que apurou um suposto esquema fraudulento, que visava fraudar alvarás judicias, para a realização de saques em contas bancárias de clientes já falecidos.

A magistrada afastada compulsoriamente, que respondia pela comarca de Miranorte, foi condenada em março a aposentadoria compulsória pelo Tribunal de Justiça, por 7 votos a 1. Ela é acusada de negligência, retardamento e prescrição em ações penais, além de suspensão injustificada de sessões de júri. O processo disciplinar contra a juíza foi aberto em dezembro de 2008.

Na mesma data, também está na pauta do Pleno o julgamento do  processo administrativo em desfavor, do juiz Marco Antonio Silva Castro citado no inquérito que resultou do desmembramento das investigações da Operação Inconfidente. O julgamento já adiado por cinco sessões por falta de quórum.

O inquérito policial, referente a apuração de fraudes contra a administração pública, foi encaminhado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) ao Ministério Público Estadual (MPE) no dia 4 de abril de 2012, atendendo a um pedido de vistas. No dia 24 de abril, o inquérito foi encaminhado ao Tribunal de Justiça para diligências e providências.

O inquérito inicial sobre a morte do oficial de Justiça Vanthieu Ribeiro foi concluído com cinco indiciamentos e provocou a abertura de um segundo inquérito, instaurado para apurar fraudes administrativas e saques em contas bancárias de pessoas falecidas. O processo que investiga o homicídio foi transferido para a Comarca da Tocantinia, ficando sob a responsabilidade do juiz Jorge Amancio de Oliveira.

A morte do oficial, desaparecido no dia 20 de março de 2011, levou a Polícia Civil a deflagrar a Operação Inconfidente, no dia 1º de junho de 2011, para investigar o homicídio do servidor da Justiça e um esquema fraudulento existente nas comarcas Miracema e Miranorte, que visava à obtenção de alvarás judiciais. As investigações revelaram que os envolvidos usavam os documentos falsos para fazer saques em contas bancárias de clientes falecidos. O corpo de Vanthieu foi encontrado no Lago da UHE do Lajeado.

 

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