Tocantins Catarata Zero é apresentado com meta de realizar 6,5 mil cirurgias em 2019

Quem apresentou foi a senadora Kátia Abreu (PDT) ao lado de prefeitos de municípios reguladores, que encabeçarão as cinco regionais, que viabilizarão os atendimentos

Crédito: Fotos: Ademir dos Anjos

A senadora Kátia Abreu (PDT) reuniu a imprensa e prefeitos nesta segunda-feira, 04, em Palmas, para apresentar o Tocantins Catarata Zero. O programa pretende atender os 139 municípios nos próximos três anos. Para tanto, a senadora destinou R$ 6 milhões, que serão utilizados ainda neste ano, com a previsão de realização de 6.500 procedimentos. Assistia aqui o vídeo.

 

O objetivo é zerar as filas de pessoas nos municípios que esperam por cirurgias de cataratas. Para alcançar a todos os municípios, o programa dividiu o Tocantins em cinco regiões reguladoras estratégicas (veja a lista geral):

 

  1. Tocantinópolis (incluindo todo o Bico do Papagaio/Médio Norte Araguaia);
  2. Gurupi (Ilha do Bananal/Sul/Sudeste);
  3. Palmas (Capim Dourado/Tocantins Araguaia);
  4. Paraíso (Cantão);
  5. Porto Nacional (Amor Perfeito).

 

Os prefeitos dessas cinco cidades participaram do lançamento do Tocantins Catarata Zero, com exceção de Cinthia Ribeiro, de Palmas, apesar de ter sido convidada.

 

A intenção era incluir Araguaína, que ficou de fora do programa neste primeiro momento por já ter atingido o teto 2019 do financiamento do Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC), que inclui incentivos de custeio e é transferido de forma regular e automática aos fundos de saúde dos estados, Distrito Federal e municípios.

 

Além de Araguaína, como o programa conseguiu os recursos perto do final deste ano, algumas cidades que também já tinham atingido o teto da MAC, como Araguatins, Colinas, Guaraí, Dianópolis e Pedro Afonso, entre outras, ficaram de fora.

 

Para viabilizar os atendimentos, as prefeituras das regionais deverão agora abrir editais de credenciamentos para clínicas que pretendem operar pelo programa.  

 

Segundo a senadora, a expectativa é que em 2020 possa aumentar para 10 o número de municípios reguladores. No programa, os recursos serão destinados diretamente para as prefeitura, segundo ela, para evitar os “passeios”.

 

“Indo mais rápido para os prefeitos, eles executam mais rápido do que passando pelo estado”, explicou, dizendo ainda que é necessário fazer esses equipamentos funcionarem nas prefeituras. Sua intenção é que todas as 139 prefeituras sejam beneficiadas. “Até aquelas que não é de meu apoio político”, frisa.

 

Para Celso Morais (MDB), que está como prefeito em exercício na gestão de Paraíso, o programa vem fortalecer os trabalhos nesta área. “Lá (em Paraíso) já iniciamos este tipo de trabalho, mas agora vamos poder fazer muito mais”, garantiu.

 

Já o prefeito de Porto Nacional (PV), Joaquim Maia, disse que a senadora foi “muito feliz” destinando os recursos para cataratas. “Muitas pessoas carentes estão aí precisando operar e não tem como”, lembrou.

 

 

 

 

 

Radiologia

 

Kátia Abreu explicou o motivo de ter direcionado os recursos para cataratas. “São muitas demandas críticas de saúde no Tocantins, mas as cataratas estão em primeiro lugar, com base no que vi por aí. Em segundo está transporte para hemodiálises, em terceiro tratamento de câncer (radiologia) e em quarto os partos. Até sexta-feira, 8, estarei apresentado um projeto na área de radiologia”, avisou.

 

Entre 90 e 120 dias devem começar as cirurgias. “Se Deus quiser, vamos zerar nos próximos 3 anos as cataratas no Tocantins, com emendas dos recursos federais de Brasília”, disse a senadora.

 

Segundo estatística do Banco mundial, 2% da população mundial necessita fazer cirurgias de cataratas, independente de classe econômica. “Mas queremos atender logo as pessoas menos favorecidas, com menores rendas, pois tais cirurgias custam entre R$ 5 mil a R$ 10 mil”, explicou.

 

Ela disse ainda que as cirurgias terão padrões excelentes e para tanto conta com a parceria da Sociedade Tocantinense de Oftalmologia, que estará fazendo a articulação com os médicos oftalmológicos do Estado. O vice-presidente da entidade, Marcos Rodrigues, será o coordenador técnico do programa.

 

Atualmente, a demanda total do Tocantins é de 31.457 procedimentos,que custariam R$ 28.159.048,12, mas que pelo programa será atendida da seguinte forma: 6.500 em 2019 (20% do total); 6.500 em 2020; 9.230 em 2021; e 9.230 em 2022.

 

 

 

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