De olho em 2012, PMDB começa juntar seus pedaços: Coimbra e Gaguim descartam candidaturas

O PMDB se reuniu ontem em Palmas para falar de política. Pela primeira vez o partido retoma uma discussão para avaliar o processo eleitoral do ano passado e se preparar para a disputa do ano que vem. De cara dois supostos pré-candidatos, descartaram ...

Fora do poder depois de oito anos comandando o Araguaia, o PMDB reuniu alguns de seus principais líderes ontem em Palmas para avaliar as eleições de 2010 e preparar participação no de 2012. Estavam presentes o deputado federal Júnior Coimbra, que preside a comissão provisória, o ex-governador Carlos Gaguim, deputados estaduais, vereadores, líderes e pretensos pré-candidatos a vereador na capital.

A ausência notada, segundo um dos participantes, foi a do ex-governador Marcelo Miranda, que perdeu na justiça as chances de exercer mandato de senador. Nos bastidores é dada como certa a participação de sua mulher, ex-primeira dama, Dulce Miranda, na rodada de discussões que escolherá o candidato do partido à prefeitura de Palmas no próximo ano.

Pretendentes não faltam. Alguns antigos, como o deputado Pastor Eli Borges (PMDB) e o histórico Derval de Paiva, que foi vice de Raul Filho no primeiro mandato do petista à frente da gestão da capital. Outros novos, cujos nomes vão surgindo cercados ainda de mistério e incerteza.

Passando 2010 a limpo e buscando retomar identidade

Num dos momentos mais tensos da reunião, conforme uma fonte, o ex-governador Carlos Gaguim teria sido responsabilizado por Ítalo Pagano pela derrota sofrida em outubro passado. “A responsabilidade da derrota foi sua”, teria dito o peemedebista, que dirigiu a Mineratins, ao ex-governador. Foi o momento de lavar a roupa suja. Só que desta vez, dentro de casa, sem a presença da imprensa.

Ao procurar se articular para montar um time competitivo para 2012, o PMDB começa tentando resolver os problemas internos. Não são poucos. O que fazer, por exemplo, com quem tomou outro rumo no ano que passou? Expulsar, ou compor? O que fazer com os deputados que devagar já estão se encostando no governo, mudando o voto e desmontando a oposição na Assembléia? Endurecer, baixar resolução, cobrar o mandato?

O que está na praça é que depois de comandar o Estado por dois mandatos seguidos de governador o PMDB saiu fragilizado, literalmente aos pedaços do processo eleitoral do ano que passou. Recuperar a bandeira, o discurso e encontrar interlocutores sérios e de peso parecem ser apenas os primeiros desafios. Antes de pensar novamente em eleição.

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