Com abertura de janela, muda todo jogo sucessório: políticos sairão com mandatos

Uma brecha que já era esperada por políticos que desejam mudar de partido, foi aprovada em primeira votação na Câmara dos Deputados. No Tocantins muitos podem mudar de partido nos próximos meses...

Pela legislação brasileira, os mandatos são dos partidos e não dos políticos, certo? Sim, com algumas exceções. Este ano, além da criação e algumas anunciadas fusões de legendas, um novo alento está se desenhando para políticos insatisfeitos nas legendas em que estão.

 

É o que já prenuncia matéria aprovada em primeira votação na Câmara dos Deputados, em Brasília. 

 

Emenda dá a políticos a chance de mudar de partido sem perder o mandato

 

No Tocantins o reflexo mais evidente parece ser o do Solidariedade, divido entre os deputados que querem o comando do partido de um lado, e de outro na presidência do ex-governador Sandoval Cardoso e na liderança do ex-deputado federal, Eduardo Gomes, que é quem realmente tem o aval do presidente Nacional da legenda, Paulinho da Força. Oficialmente Gomes não fala sobre o assunto. Nos bastidores no entanto o que se escuta é que ele não entregará o partido e que a Nacional não se importa se ele tem ou não mandato, a legenda no Tocantins, é dele.

 

Xadrez intrincado para as eleições

 

O fato é que muita gente pode mudar de partido, dependendo da posição que pretende assumir no jogo sucessório municipal ano que vem. Na capital estão as maiores pretensões, disputas. Atualmente o prefeito Carlos Amastha tem o PSB e o PSDB sob o seu comando na capital, mas há quem aposte que o PSDB pode mudar de posição até o ano que vem.

 

Eleições em Araguaína e Gurupi também podem provocar realinhamento na Assembléia, onde escuta-se falar em possibilidade de mudança nos casos de Mauro Carlesse, Eduardo Siqueira e Luana Ribeiro.

 

Sinais de insatisfação

 

O Tocantins no entanto é apenas um recorte pequeno no cenário nacional. Aqui, como de resto no Brasil inteiro, há muito descrédito e insatisfação com a representação política. Pesquisa recente do DataSenado, amplificada e analisada no portal Diário do Centro do Mundo, mostra que os brasileiros estão insatisfeitos com seus representantes no congresso Nacional. Se pudesse, diminuíram de três para dois, os senadores por Estado, e reduziriam 213 deputados na Câmara Federal, reduzindo o número para 300. Custaria mais barato para o País.

 

E se o Congresso fosse reduzido para 300 deputados?

 

Infelizmente no entanto, a reforminha aprovada por Eduardo Cunha foi mais uma decepção, aumentando mandatos para cinco anos, sem fazer a coincidência das eleições. Casuísmo que contraria tudo que as pesquisas de opinião apontam como a vontade do brasileiro médio quanto à reforma.

 

O certo é que daqui para a data limite de filiação partidária para quem deseja ser candidato ano que vem, muita coisa ainda muda neste jogo. No Tocantins, podem esperar novas e esdrúxulas alianças, sem nenhum caráter ideológico. Como sempre, vem prevalecendo o pragmatismo. Provocando ainda mais o distanciamento do eleitor.

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