O fim do mundo é só o (re) começo...

Na TL, no Face e de resto em todas as redes sociais a semana está cheia de piadinhas sobre o fim do mundo....

Alto Paraíso
Descrição: Alto Paraíso Crédito: Da Web

Tudo por que o calendário Maya só marca até o dia de hoje, 21 do 12 de 2012. Confesso que sou estudiosa desse assunto. Não o “fim do Mundo” como pregam muitos, mas o começo de um outro tempo para o planeta Terra. Uma nova era de transformações.

 

Se há um ponto para o qual cientistas e espiritualistas convergem é que de tempos em tempos, a própria natureza se renova, a vida se renova no planeta, com a extinção de diversas espécies e evolução de outras.

 

Para os espíritas por exemplo, a transformação do planeta num mundo de provas e expiações para um planeta de renovação, onde "os mansos herdarão a terra", ainda não é agora.

Uma mensagem de Emannuel das últimas psicografadas por Chico Xavier fala na concessão de uma moratória à humanidade, por intermédio de Jesus, tido como diretor espiritual do planeta Terra, o espírito mais evoluído, e que responde por todos nós diante de Deus.

 

É um campo delicado este das crenças. Elas são muito pessoais. É inflamável apontar esta ou aquela como a “porta-voz”da verdade absoluta. Mas cada um crê no que quer.

 

Do apocalipse às profecias maias, cada um vai interpretando o “fim do mundo” à sua maneira.

 

E em sã consciência, para os que não gostam de adotar as religiões como paradigma, o que há de real que não se possa negar?

 

A Terra já vive uma transformação. Provocada pelas mutações da natureza -  defendem alguns cientistas – ou provocada pela mão humana, como argumentam outros, o planeta já está mudando.

 

Se consideramos que o efeito estufa é real, que o degelo da calota polar é uma realidade, que a morte por doenças epidêmicas nas áreas mais pobres do planeta é real, e que a fome e a guerra para muitos povos é real, estamos bem perto de um cenário apocalíptico.

 

Voltei de Alto Paraíso-GO, no final do meu curto período de férias impressionada com um novo estilo de vida que vai tomando conta de espiritualistas e outros crédulos em que a Terra de fato já começará, a partir deste dezembro a passar por transformações.

 

Desastres naturais, erupção de vulcões semi-adormecidos, a rota do Nibiru entrando na nossa atmosfera e provocando grandes estragos. Ou uma crise energética provocada pelo avanço do mar sobre as áreas de orla, extremamente populosas. Terremotos rompendo barragens, e provocando uma crise energética sem precedentes. Colapso no nosso sistema financeiro, fazendo com que cada um só tenha de fato o que tiver estocado em casa. Quem terá razão?

De minha parte observo o planeta e seus movimentos, a humanidade e seus movimentos e - assim como aquele bando de pássaros que partem em revoada movidos por alguma poderosa intuição, antes que venha a tempestade – estou inclinada a acreditar que os tempos realmente estão mudando.

 

Não acredito no fim do mundo em um dia, mas no fim de uma era ao longo de décadas. Minha experiência em observar e a leitura dos grandes fatos da história, me trazem a crença de que no individual ou no coletivo o ser humano se move mais tocado pela dor e pelas perdas.

 

Tenho certeza de que a Terra sobreviverá aos piores cenários e cataclismas imaginados. A raça humana, já não sei com certeza. “Corram para as colinas” ironizam os céticos em seu perfis do Twitter. Pode ser um exagero, mas oito em cada dez pessoas que acreditam numa transformação abrupta por desastres naturais está procurando locais seguros, de preferência mil metros acima do nível do mar.

 

Não sei os outros, mas minha transformação pessoal já começou. Não ergui nenhum bunker, mas estou me habituando a viver com menos e evitar desperdícios. A inverter os valores cada vez mais do ter para o compartilhar. A buscar uma alimentação saudável e a encontrar formas menos poluentes de viver neste mundo.

 

Que o mundo como vivemos está acabando, não tenho a menor dúvida. Quanto tempo vai levar? Só Deus sabe. Até lá, me uno aos que defendem práticas saudáveis, práticas positivas, estilo de vida menos agressivo ao meio ambiente.

 

Na tradição africana e em sua visão de Deus (Eledumaré) e do Mundo (Ayé), na qual também acredito, o divino está na natureza. E nós viemos e dependemos dela. O fim do mundo, eu não sei se está chegando bem aí, mas o recomeço com certeza está batendo na nossa porta, cada vez mais forte.

 

Fora das piadas e da exploração comercial do final do calendário Maya, esta é uma reflexão que vale a pena ter.

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